São Paulo - A partir desta semana o teste do pezinho, exame feito em todos os
recém-nascidos, incluirá a detecção precoce de mais duas doenças.O teste
disponível atualmente permite a identificação do hipotiroidísmo congênito,
fenilcetonúria, anemia falciforme, fibrose cística e outras hemoglobinopatias.
O
novo teste detectará hiperplasia adrenal congênita e deficiência
biotinidase.
A hiperplasia adrenal congênita faz parte de um grupo de doenças genéticas em
que as duas glândulas suprarrenais, situadas acima dos rins não funcionam
corretamente. Já a deficiência biotinidase pode causar convulsões, falta de
equilíbrio, lesões na pele, perda de audição e retardo no desenvolvimento.
Segundo a coordenadora estadual do Programa Nacional de Triagem Neonatal de
São Paulo, Carmela Maggiuzzo Grindler, o sistema de coleta do exame continuará o
mesmo. O que muda é a metodologia laboratorial das análises. Grindler ressalta
que as doenças detectadas são crônicas, genéticas e incuráveis. “Quando
identificadas e tratadas precocemente, aumentamos a chance de sobrevida normal,
de integração social e de preservação da capacidade cognitiva e da qualidade da
vida dos pacientes”.
O teste do pezinho foi implantado em 2001 em todo o estado de São Paulo e
atualmente em 70% dos casos, a coleta para o exame é feita dentro da própria
maternidade, seja ela pública ou privada. Todas as famílias recebem orientação
sobre o tempo ideal para a realização do teste, que deve ser coletado entre o
terceiro e o sétimo dia de vida do bebê. Os exames coletados são encaminhados
para o Serviço de Referência de Triagem Neonatal (Laboratório do Teste do
Pezinho). Quando um resultado é positivo para uma das doenças a família é
comunicada e a criança será submetida a um novo teste. Se o diagnóstico for
confirmado o recém-nascido será encaminhado para serviço especializado.
De acordo com a Secretaria de Saúde nascem hoje, em média, 600 mil crianças
no estado de São Paulo por ano. A triagem neonatal atinge 100% dos
recém-nascidos (sendo 84% pelo SUS e 16% pela área privada). Existem no
território paulista 3.500 postos de coleta do teste do pezinho em maternidades e
unidades básicas de saúde.
Agência Brasil
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