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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Mau humor pode ser sinal de doença. Saiba identificar

Especialista diz tem distimia se sente desmotivado e demonstra
 sentimentos negativos e impaciência
De acordo com dados da OMS, a distimia atinge 3% da população mundial
 
O mau humor não é apenas um problema que atrapalha a convivência social. Quando é muito frequente pode se tratar de uma doença que precisa de tratamento. Chamado distimia, o distúrbio psicológico atinge 3% da população mundial, o que significa cerca de 180 milhões de pessoas no mundo, segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde).
 
De acordo com Myriam Durante, psicoterapeuta holística e presidente do IPOM (Instituto de Pesquisa e Orientação da Mente), por desconhecimento, o mau humor acaba sendo subestimado e não enfrentado como uma doença.
 
— Por acreditar que se trata de um traço de personalidade, quem padece desse distúrbio acaba se acostumando a ser mal humorado e passa a achar normal viver irritado ou aborrecido.
 
Além do mau humor, quem tem distimia, segundo a psicoterapeuta, se sente desmotivado e demonstra sentimentos negativos e impaciência. Os principais sintomas da doença são: mau humor, desânimo, tristeza, pessimismo, baixa autoestima, falta de energia, dificuldades para dormir e se alimentar de maneira saudável, uso de álcool ou drogas.
 
— Quem tem distimia não consegue ver o lado bom das coisas. Coloca defeito em tudo, não sabe lidar com imprevistos, se sente injustiçado, leva tudo para o lado pessoal e parece que carrega um grande peso nas costas. Não sabe rir dos problemas e das situações que fogem ao seu controle, sofrendo muito quando algo em seu planejamento não dá certo.
 
A psicoterapeuta alerta que a doença não pode ser subestimada. Quem apresenta mau humor com muita frequência corre um risco 30% maior de desenvolver depressão ou algum tipo de fobia.
 
Também há um grande risco da pessoa se envolver com drogas ou álcool, na busca ilusória de acabar com a irritação.
 
— O importante é, quando perceber um quadro geral da doença, procurar ajuda médica para diagnosticar o distúrbio. Em muitos casos a ajuda de um bom psicoterapeuta já é capaz de curar a doença. Em outros, mais graves, é necessário também o uso de medicamentos. Praticar atividades físicas que liberam endorfina e serotonina também ajudam a melhorar o humor, além de aumentar a autoestima.
 
R7

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