Elza Fiúza/Agência Brasil |
O Instituto de Cardiologia do Distrito Federal inaugurou nesta
sexta-feira (18) o primeiro centro público de transplante de medula
óssea em Brasília. A unidade deve contar com 27 leitos de internação e
12 leitos de internação parcial. A expectativa do governo é que o centro
se torne referência para as regiões Centro-Oeste e Nordeste.
O primeiro transplante de medula óssea feito na rede pública de
Brasília ocorreu em novembro do ano passado. Em 2013, foram três
transplantes chamados autólogos — quando o tecido encontrado no interior
dos ossos é retirado do próprio paciente e implantado nele mesmo. Com a
inauguração do centro, será possível fazer também procedimentos
alogênicos — que permitem a retirada do material de um doador para o
paciente.
O superintendente do Instituto de Cardiologia, João Gabbardo, ressaltou
que, atualmente, diversos pacientes que necessitam do transplante
possuem um doador identificado, mas aguardam em uma fila para se
submeter ao procedimento em razão do baixo número de leitos.
— Não é possível que a gente continue enviando pacientes que precisam de transplantes para outras unidades.
De acordo com o ministro da Saúde, Arthur Chioro, o Distrito Federal
passa a integrar um grupo de 13 unidades federativas habilitadas a fazer
transplante de medula óssea.
— Estamos lidando com uma área onde o domínio da tecnologia, [a
existência de] equipes preparadas e serviços qualificados são decisivos
para que possamos ter êxito.
Ele destacou que o país ocupa o segundo lugar no ranking de
transplantes em todo o mundo, sendo que 98% dos procedimentos feitos no
país são pelo Sistema Único de Saúde. No caso dos transplantes de medula
óssea, o índice é 95%.
Dados do governo federal mostram que o Brasil dispõem do terceiro maior
banco de doadores de medula óssea do mundo, com mais de dois milhões de
doadores cadastrados. A estimativa é que o centro de Brasília seja
capaz de fazer 45 novos procedimentos até o fim do ano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário