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sexta-feira, 20 de junho de 2014

Brasília inaugura primeiro centro público de transplante de medula óssea

Elza Fiúza/Agência Brasil
Unidade conta com 27 leitos de internação e 12 leitos de internação parcial

O Instituto de Cardiologia do Distrito Federal inaugurou nesta sexta-feira (18) o primeiro centro público de transplante de medula óssea em Brasília. A unidade deve contar com 27 leitos de internação e 12 leitos de internação parcial. A expectativa do governo é que o centro se torne referência para as regiões Centro-Oeste e Nordeste.

O primeiro transplante de medula óssea feito na rede pública de Brasília ocorreu em novembro do ano passado. Em 2013, foram três transplantes chamados autólogos — quando o tecido encontrado no interior dos ossos é retirado do próprio paciente e implantado nele mesmo. Com a inauguração do centro, será possível fazer também procedimentos alogênicos — que permitem a retirada do material de um doador para o paciente.

O superintendente do Instituto de Cardiologia, João Gabbardo, ressaltou que, atualmente, diversos pacientes que necessitam do transplante possuem um doador identificado, mas aguardam em uma fila para se submeter ao procedimento em razão do baixo número de leitos.

— Não é possível que a gente continue enviando pacientes que precisam de transplantes para outras unidades.

De acordo com o ministro da Saúde, Arthur Chioro, o Distrito Federal passa a integrar um grupo de 13 unidades federativas habilitadas a fazer transplante de medula óssea.

— Estamos lidando com uma área onde o domínio da tecnologia, [a existência de] equipes preparadas e serviços qualificados são decisivos para que possamos ter êxito.

Ele destacou que o país ocupa o segundo lugar no ranking de transplantes em todo o mundo, sendo que 98% dos procedimentos feitos no país são pelo Sistema Único de Saúde. No caso dos transplantes de medula óssea, o índice é 95%.

Dados do governo federal mostram que o Brasil dispõem do terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo, com mais de dois milhões de doadores cadastrados. A estimativa é que o centro de Brasília seja capaz de fazer 45 novos procedimentos até o fim do ano.

R7

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