O Centro de Ensino e Pesquisa da Beneficência Portuguesa de São Paulo acaba de finalizar um estudo sobre cirurgia de ponte de safena realizado no País. Os resultados traçam o perfil clínico dos pacientes e analisam diversos fatores que podem interferir no procedimento cirúrgico e na qualidade de vida de pessoas submetidas à cirurgia de revascularização do miocárdio ou ponte de safena.
Segundo o hospital, os números foram coletados entre julho de 2009 e julho de 2010 e envolvem 3.010 cirurgias do tipo, realizadas por 14 equipes de cirurgia cardíaca da instituição.
O estudo, denominado REVASC, reúne informações científicas de aplicação clínica, capazes de melhorar ainda mais os indicadores de qualidade assistencial oferecida pelas equipes cirúrgicas da Instituição.
A pesquisa avaliou também os fatores que envolvem a evolução clínica dos pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio.
Do total de pacientes operados, 76,6% apresentavam sobrepeso, 69,9% são do sexo masculino e 70,6% deles têm histórico de tabagismo -55,3% são ex-fumantes e 15,3% ainda fumavam até a indicação cirúrgica.
Fatores de risco
De acordo com o estudo, existe uma série de fatores que podem interferir na possibilidade de um indivíduo ter de realizar uma ponte de safena, como o histórico familiar, os hábitos de vida e a presença de doenças pré-existentes, sendo que estes mesmos fatores também podem contribuir para os resultados do procedimento cirúrgico.
No REVASC cerca de 30% dos pacientes apresentavam histórico familiar de doença arterial coronariana, 82,8% deles são hipertensos, 36,6% têm diabetes e 45% dos pacientes apresentam altos níveis de mau colesterol. Além disso, quase metade dos pacientes operados já havia sofrido infarto anteriormente e 74,4% deles apresentavam angina.
Em 93,5% dos casos, o uso de antibióticos foi suspenso em até 48 horas após o término da cirurgia e apenas 3% dos pacientes necessitaram ser mantidos em ventilação mecânica, após 48 horas do término da cirurgia. O índice de óbito durante o procedimento cirúrgico foi de apenas 0,2%. Os resultados são semelhantes aos obtidos por centros de cardiologia de países da Europa e dos EUA.
Fonte SaudeWeb
Nenhum comentário:
Postar um comentário