Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



sexta-feira, 15 de julho de 2011

Doadora de medula morreu por erro médico, diz laudo


ARAÇATUBA - Laudo entregue ontem à Polícia Civil afirma que Luana Neves Ribeiro, de 21 anos, morreu em consequência de erros médicos cometidos enquanto esteve internada no Hospital de Base, de São José do Rio Preto. Luana morreu no dia 4, quando era submetida a preparativos para doar medula óssea para uma criança do Rio, portadora de leucemia. A morte levou o hospital a paralisar a coleta de medula para transplante e o Conselho Regional de Medicina (Cremesp) e Polícia Civil a abrirem investigação.

O laudo, do Serviço de Verificação de Óbito (SVO) da Faculdade de Medicina de Rio Preto, atesta que a jovem teve a veia subclávia perfurada, o que causou hemorragia e choque hipovolêmico (queda de pressão causada por vazamento de sangue) que a levou à morte. As perfurações teriam ocorrido durante a tentativa de implantar um cateter para coletar medula na veia subclávia esquerda, próxima da jugular.

Os médicos não diagnosticaram as perfurações e liberaram a moça, que estava hospedada em um hotel em Rio Preto. Quatro horas depois, Luana seria levada à emergência do hospital, reclamando de fortes dores. Ela agonizou por mais de uma hora sem receber atendimento de médicos. Ao ser assistida, foi novamente vítima de outros procedimentos errados e não resistiu.

Testemunhos. Ontem, o delegado João Fernandes, do 5.º Distrito Policial, onde foi aberto inquérito para apurar a responsabilidade pela morte da universitária, ouviu mais duas médicas, uma responsável pelo implante do cateter e outra que a atendeu na emergência. O médico também recebeu o laudo do SVO.

O documento mostra que houve "múltiplas perfurações em veias subclávia esquerda", como causa básica da morte. Em consequência, surgiram hemorragias intratorácicas, que teriam causado o choque hipovolêmico. "O choque hipovolêmico resulta da perda sanguínea ou volume plasmático. Isso pode ser causado por hemorragia, perda líquida ou trauma, sendo que o choque é uma disfunção que se não corrigida leva à morte", diz o laudo.

Com o documento, Fernandes espera poder apontar os responsáveis pela morte. O Hospital de Base informou, por meio de sua assessoria, que não se manifestará sobre o assunto até o encerramento da sindicância aberta para apurar o caso.

Fonte Estadão

Nenhum comentário:

Postar um comentário