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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Aumento da ameaça dos mosquitos preocupa britânicos

Proliferação de insetos faz com que autoridades se preocupem com transmissão de doenças tropicais.

O aumento do número de reclamações por picadas de mosquitos na Grã-Bretanha vem causando preocupação entre autoridades.

De acordo com uma pesquisa, o número de relatos de picadas nos últimos dez anos é 2,5 vezes maior do que nos dez anos entre 1986 e 1996.

As estatísticas do Serviço Nacional de Saúde britânico mostram que, do início do último mês de maio até agora, já foram feitas 9.061 ligações para reclamar de picadas e ferroadas - 15% a mais do que no verão passado.

No entanto, nem todas as reclamações são atribuídas aos mosquitos. Muitas são causadas por percevejos, mosquitos-pólvora e pulgas.

Segundo o zoólogo Michael Bonsall, da Universidade de Oxford, a Grã-Bretanha, especialmente no sudeste da Inglaterra, está cada vez mais hospitaleira para os mosquitos.

"O clima úmido durante maio e junho deste ano, juntamente com um verão quente, afetou a população, porque os mosquitos gostam de se reproduzir na água.", diz.

Preocupação
A Agência de Proteção à Saúde criou o Sistema de Registro de Mosquitos, para saber onde e como eles vivem e se reproduzem no país.

A organização britânica Chartered Institute of Environmental Health também está colaborando com a agência em um projeto de coleta e análise de diversos espécimes de mosquitos.

Por meio da análise, eles descobriram que os insetos não só se acumulam em poças de água parada, mas também são encontrados em esgotos e até mesmo viajando pela rede de metrô de Londres.

No entanto, as autoridades dizem que os mosquitos não são responsáveis pela transmissão de doenças graves na Grã-Bretanha, como malária.

Cinco das mais de 30 espécies de mosquitos encontradas no país não são nativas. Uma das variedades, conhecida como mosquito tigre asiático, está se aproximando da região e já foi visto em países como a Bélgica.

Apesar de não transmitir a malária, o mosquito pode carregar o vírus da dengue, o da febre amarela e o vírus da febre do Nilo Ocidental.

Os pesquisadores acreditam que muitas destas espécies não nativas chegam aos países europeus nas bagagens de turistas após o período de férias.

Também preocupa o fato de que os mosquitos estão se tornando imunes aos inseticidas usados contra eles, de acordo com estudo recente publicado no Senegal.

Entre 2007 e 2010, o índice de insetos com resistência a algum inseticida popular subiu de 8% para 48%.

Fonte Estadão

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