Com a baixa na umidade do ar nos dias mais frios, o uso de roupas pesadas e consequente suor acumulado entre as peças de roupas e o corpo, diversas condições de pele podem acabar aflorando. Além disso, os banhos muito quentes e demorados podem tirar a camada protetora – o chamado manto hidrolipídico – que recobre esse que é o maior órgão do corpo humano.
“As principais doenças de pele nessa época do ano são decorrentes do clima seco. Mas o banho quente, demorado e com o uso de sabonetes muito agressivos – sem hidratantes na sua formulação, por exemplo – removem a camada de água e gordura que recobre e protege o corpo, o manto hidrolipídico. A soma desses fatores faz que pessoas com a pele naturalmente mais seca tenham descamações e coceiras. Isso independe da idade. Adultos, idosos e crianças podem sofrer com essas coceiras, embora os idosos apresentem a pele mais seca sofrendo mais nesta época do ano”, explica Reinaldo Tovo, dermatologista do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Outra condição comum é a formação de placas vermelhas pelo corpo – principalmente no tórax ou atrás das orelhas –, especialmente em crianças. Uma das causas destas alterações é a diminuição da incidência da luz solar no inverno. No caso dos cabelos e couro cabeludo observamos uma piora da vermelhidão e descamação conhecida como dermatite seborréica ou caspa. É importante uma boa limpeza do couro cabeludo nesta época do ano. Evitar em “molhar a cabeça” pode aumentar a oleosidade dos cabelos e a formação da dermatite seborreica ou caspa.
“Algumas outras condições podem ser desencadeadas pela falta de luminosidade comum à estação nas regiões mais frias do País. A psoríase, por exemplo, pode se manifestar. Nas crianças, a dermatite ou eczema atópico também pode aparecer ”, lembra o especialista.
Para evitar que essas condições se manifestem, o ideal, de acordo com Tovo, é diminuir o tempo ou a temperatura do banho quente. O uso de sabonetes glicerinados ou com hidratante na sua formulação também é indicado. Para complementar ainda mais, o uso de hidratante corporal após o banho também é uma boa opção (mesmo para os mais resistentes a essa ideia, os homens).
“Evite também o uso de buchas ou esponjas muito ásperas. Isso vale para as toalhas também, pois isso ajuda a retirada do manto hidrolipídico. No caso das roupas é bom evitar os tecidos sintéticos que dificultam a evaporação do suor deixando-o mais tempo em contato com a pele”, explica Tovo, que lembra ainda que para os indivíduos que sofrem com a psoríase, os cuidados devem ser redobrados, pois não há uma forma efetiva de compensar a falta de luz natural.
Fonte Band
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