Pesquisadores da Universidade Drexel, em Filadélfia, combinaram dados de testes aleatórios de música na medicina --em que discos são reproduzidos para os pacientes-- e musicoterapia --quando os terapeutas usam música para avaliar e tratar os pacientes. Ao todo, eles analisaram 30 estudos, realizados com um total de 1.891 participantes. A pesquisa foi publicada na edição de agosto da revista "The Cochrane Reviews".
Os dados eram insuficientes para determinar qual das formas de terapia, a música na medicina ou a musicoterapia, era a mais eficaz. Contudo, os pesquisadores descobriram que as duas técnicas conseguiam reduzir a ansiedade e a dor, melhorar o humor e a qualidade de vida das pessoas com câncer.
Também foi possível relacionar a o ato de ouvir música com algumas mudanças fisiológicas benéficas, incluindo a redução do ritmo cardíaco e respiratório e da pressão arterial. O número de experimentos que examinaram os efeitos da música sobre a dor, a imagem corporal e a função imunológica era reduzido demais para que fossem feitas deduções, concluíram os pesquisadores.
Cinco testes de pequena escala analisaram os efeitos da música sobre a depressão e em nenhum deles ela foi proveitosa.
Os autores alertam em relação à baixa qualidade da evidência obtida, em grande parte porque é difícil ou impossível conduzir testes de musicoterapia sob controle rigoroso.
"Nós usamos música todos os dias", afirma Joke Bradt, principal autor do estudo e professor adjunto de arte terapia da Drexel, "e sua capacidade terapêutica pode ser usada em pacientes com câncer de forma bastante direcionada".
Fonte Folhaonline
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