Os cigarros mentolados aumentam a dependência de tabaco e provocam maior risco à saúde que os tradicionais, informou um grupo de pneumologistas espanhóis especialistas em tabagismo, que pediram a proibição do mentol como aditivo nestes produtos.
No Brasil, conforme a Folha noticiou em abril, o número de marcas de cigarro com sabor dobrou nos últimos três anos. Cresceu de 21 para 40 e já representa 22% dos tipos à venda.
O mentol favorece o hábito de fumar, cria maior dependência e dificulta o abandono do tabaco, explicou em nota oficial um dos três autores do estudo, o médico Segismundo Solano, do Serviço de Pneumologia do Hospital Gregorio Marañón de Madri.
Segundo Solano, o mentol proporciona a sensação de uma inalação mais fresca e profunda e atua como um analgésico local, suavizando, nas vias respiratórias, o efeito de fumar e estimulando o tabagismo, já que "facilita" o ato de fumar aos fumantes inexperientes ou aos que rejeitam a aspereza do tabaco.
Em artigo da Revista Prevenção do Tabagismo da Sociedade Espanhola de Pneumologia e Cirurgia Torácica (Separ), o grupo de pneumologistas afirma também que a dependência de tabaco é maior entre os fumantes de cigarros de menta que entre os tradicionais, já que os primeiros precisam fumar o primeiro cigarro da manhã muito antes.
Os autores do artigo descartaram que os cigarros de menta sejam mais saudáveis e alertaram também sobre o maior número de partículas extrafinas na fumaça desse tipo de cigarro, o que provoca maior risco de infarto do miocárdio.
Fonte Folhaonline
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