Com unidades com diferentes sistemas de TI, seis tipos de prontuários e dificuldades de padronização, o hospital expõe os desafios que presencia
Utilizar o termo complexidade ao se referir ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) não pode ser visto como um exagero. Isso porque seu ecossistema conta com seis institutos especializados, dois hospitais auxiliares, uma divisão de reabilitação e um hospital associado – todos com seu próprio sistema de TI. O desafio, neste momento, do diretor do Núcleo de Tecnologia da Informação do HCFMUSP, Jacson Barros, é padronizar o sistema de TI com soluções que atendam a demanda de mercado. “Desenvolver as ferramentas para atender a essa demanda exigirá um grande investimento de tempo e recursos financeiros, e precisamos entender que este não é o nosso core business”, salienta, na apresentação realizada na última edição do 1.2.1 Network Saúde, nesta quinta-feira, 1, na sede da IT Mídia.
Barros explica que atualmente cada unidade tem a sua própria gestão na área de TI e falta padrões para o registro das informações dentro da instituição, que realiza 12 milhões de procedimentos por ano. Um exemplo é a dificuldade na identificação de informações sobre exames. “Se quiser saber quantos hemogramas são feitos dentro do complexo, é necessário coletar essa informação com cada um dos institutos”, aponta.
Para começar o projeto de padronização da gestão de informação no HC, foi criado o Núcleo de Tecnologia de Informação, que tem por objetivo, desenvolver um projeto que atenda os interesses de todos as unidades envolvidas.
A opção por um sistema de mercado vem pelos desafios apresentados. Primeiro, o desafio de tempo. Desenvolver uma solução demora, e quando está pronta, muitas vezes já não atende a demanda estabelecida e dificulta a manutenção e atualização. E segundo, o desafio de recursos humanos. “Hoje lidamos com a geração Y, e num setor aquecido para a contratação de profissionais de TI. Ou seja, é difícil reter o profissional e isso exige um treinamento constante”, avalia.
Projeto
Uma vez identificado os desafios e a demanda, o HC parte agora para a busca de um fornecedor do mercado capaz de atender a toda sua complexidade. A previsão é que o projeto dure 36 meses. Os requisitos estabelecidos são: que a empresa tenha soluções implantadas em, pelo menos, mais três hospitais de no mínimo 100 leitos no Brasil, e que consiga integrar parceiros para atender as necessidades do HC. “Vamos lidar somente com um fornecedor, por isso, é necessário que ele consiga se integrar com parceiros para complementar o seu portfólio”. Além disso, integração e interoperabilidade são fundamentais para o sucesso do projeto.
Ciente da grandiosidade do ecossistema do HC, o diretor de tecnologia explicou que a estratégia da instituição para realizar esse projeto é implantar o sistema por módulos. No momento, a equipe finaliza o memorial descritivo, e deve, dentro de um mês, avaliar as propostas. A expectativa é que os de suprimentos e farmácia, estejam implantados até fevereiro de 2012.
Fonte SaudeWeb
Nenhum comentário:
Postar um comentário