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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Pai do viagra diz que nunca usou o remédio

Descoberta do cientista inglês Simon Campbell melhorou a qualidade de vida e a relação de casais do mundo todo

Líder de uma equipe campeã. Assim ficou conhecido o cientista inglês e membro da Royal Society of Chemistry, Simon Campbell, que, em 27 de março de 1998, data de seu aniversário, lançou nas farmácias do mundo todo o remédio que salvou casamentos e melhorou a qualidade de vida de muitos homens: o Viagra.

Apaixonado pelo Brasil, ele esteve no país, para palestra na USP (Universidade de São Paulo) e na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), quando falou ao Metro sobre a carreira e os projetos que orienta hoje em dia.

O Viagra é um dos remédios mais importantes do mundo. O que mudou na sua vida depois da descoberta?
Minha vida não mudou muito, na verdade. Exceto pelo reconhecimento da descoberta.

Como o senhor se sentiu ao perceber que sua pesquisa, que era focada em circulação sanguínea, estava indicando outro resultado?
Ficamos surpresos com os efeitos observados. Ao invés de corresponder à nossa meta original, que era atuar em casos de doença vascular, notamos que o remédio seria útil para disfunção erétil masculina. Descobrimos que a substância presente no Viagra possuía um novo mecanismo de ação e, talvez, estávamos preparados para a utilização em outras condições de doença.

O senhor poderia imaginar o sucesso do Viagra?
Quando iniciamos as pesquisas voltadas para a disfunção erétil masculina, descobrimos uma significante parcela de homens aflitos e a quebra nas relações pessoais era comum na maioria dos casos.Dado esse pano de fundo, estávamos confiantes de que o Viagra poderia ser uma droga nova bem-sucedida.

O senhor se considera um homem de sorte?
Tenho sorte de ter feito parte das equipes de pesquisa que descobriram Cardura, Norvasc – o quarto medicamento mais vendido no mundo, usado em casos de hipertensão –, e o Viagra. Mas acredito que é você quem faz sua sorte, e isso requer ciência inovadora.

O senhor ganhou dinheiro?
O laboratório considerou que os nossos salários eram adequados e eu não requisitei nenhum tipo de pagamento adicional.

O senhor já usou o Viagra?
Não.

O senhor está trabalhando em alguma nova pesquisa hoje?
Eu me aposentei em 1998. Hoje eu aconselho pequenas empresas e instituições de caridade, que estão em busca de novas drogas para o tratamento de câncer, malária, tuberculose e outras doenças importantes da necessidade médica.

O senhor deu aulas no Brasil nos anos 70. Como analisa as pesquisas no Brasil?
Há um grande progresso nas universidades brasileiras desde os anos 70 e os padrões têm melhorado significativamente. Eu não sinto que deveria fazer comentários. Porém, acredito que fortes investimentos por parte da indústria aumentariam o retorno econômico no futuro.

Fonte Band

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