Ganho descontrolado de peso leva ao diabetes, infarto e morte rápida

Obesos que mantém hábitos nada saudáveis tendem a acumular sérios problemas de saúde

Os hábitos alimentares da norte-americana Susanne Eman são considerados uma sentença de morte para os médicos. A jovem dona de casa, de 32 anos, pesa 317kg, mas pretende chegar aos 700kg para se tornar a mulher mais gorda do mundo.

Para Adriano Segal, diretor do Departamento de Psiquiatria e Transtornos Alimentares da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica), a falta de discernimento sobre esses perigos leva a crer que Susan sofra de algum transtorno psiquiátrico.

- Certamente ela está com o julgamento atrapalhado. Tem uma distorção de imagem corporal importante e precisa de uma adaptação psiquiátrica rápida.

Além de atingir essa façanha, Susanne quer provar que é possível alcançar seu objetivo de forma saudável. O que para os especialistas em obesidade consultados pelo R7 é impossível e um péssimo exemplo.

Basta lembrar o mexicano Manuel Uribe, considerado o homem mais gordo do planeta. Ele já chegou a pesar 600 kg, e hoje está na casa dos 450kg.

Uma das consequências de tanto peso foi a incapacidade de andar. Há dez anos ele permanece deitado em uma cama, podendo se locomover com a ajuda de um guindaste.

O mesmo pode acontecer com Susan se ela insistir em manter a insana dieta de 21 mil calorias diárias. Homens e mulheres precisam, no máximo, de 2.000 calorias por dia para se manterem bem nutridos.

De acordo com o cirurgião especialista em obesidade, Roberto Rizzi, a norte-americana é uma forte candidata a ter pressão alta, se tornar diabética do tipo 1 e 2, cardíaca, podendo sofrer um enfarte ou um derrame, e perder o movimento das pernas simplesmente por não conseguir carregar o próprio peso.

- Por enquanto nada de ruim aconteceu porque ela é jovem. Mais vai acontecer e ela vai ficar muito ruim. Pessoas com esse comportamento geralmente morrem cedo.

Fonte R7