As estimativas apontam que o Brasil será o terceiro maior mercado de genéricos do mundo em 2015. Parte do avanço esperado tem a ver com a expiração de patentes. Mercado faturou R$ 6,2 bi em 2010, crescendo 32%
Desde que chegaram às prateleiras das farmácias, em 2001, os consumidores brasileiros já economizaram mais de R$22 bilhões com a compra de medicamentos genéricos em substituição aos produtos de marca. Projeções da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos indicam que em 2012 medicamentos importantes e de preços elevados para câncer de mama e colo-retal, como o Xeloda (Capecitabina) da Roche, e o Glivec (Imatinibe) da Novartis, para leucemia; além do Geodon, utilizado para distúrbios psicológicos, da Pfizer devem estar disponíveis em versões genéricas.
Desde o ano passado, importantes patentes venceram e muitos produtos já se encontram hoje no mercado por preços 65% inferiores. Entre eles, estão o Viagra, Liptor, Crestor, Dilvan e outras marcas famosas.
No âmbito governamental os genéricos hoje são os produtos que lideram os programas de distribuição de medicamentos, sob o selo do Farmácia Popular. Os genéricos representam 65% do volume total de produtos distribuídos de graça para população carente, destinados ao controle da hipertensão e da diabetes.
Para o presidente da Pró Genéricos, Odnir Finotti, o segmento é hoje o motor da indústria farmacêutica brasileira. “Nos últimos anos o crescimento do setor acontece graças ao mercado de genéricos. A população, que teve seu poder de compra ampliado significativamente, vem optando pelo genérico que é mais barato, tem qualidade e é confiável”, explica o executivo, em comunicado.
Refletindo essa tendência, as projeções indicam que em 2015 o Brasil deve se tornar o terceiro maior mercado de genéricos do mundo, atrás dos Estados Unidos e da China. Atualmente, o setor movimenta 21,3% do volume total de remédios e 17% em valor, ou US$ 3,2 bilhões.
As vendas registraram crescimento de 32% em 2010, ano em que o mercado de genéricos faturou R$ 6,2 bilhões; e tudo indica que até o fim de 2011 essa taxa será superada. “O importante nesse número é que o aumento é orgânico, estamos crescendo há quatro anos sem parar”, diz Odnir Finotti. “Para o ano que vem, nossa expectativa é manter o mesmo crescimento.”
Uma parte desse avanço tem a ver com o prazo de expiração das patentes. A participação das multinacionais no mercado de genéricos triplicou desde 2009. Contou para essa mudança a entrada no mercado da francesa Sanofi-Aventis com a compra da Medley em 2009 e da americana Pfizer, que adquiriu 40% do laboratório Teuto, no ano passado. A suíça Novartis, já atua nos genéricos por meio da Sandoz.
Conheça as principais marcas de remédios que vão ter suas patentes vendidas no ano de 2012
Substância | Nome Comercial | Laboratório | Tratamento |
Almotriptano | Almirall | Prodesfarma | Enxaqueca |
Aprepitante | Emend | MSD | Úlcera e náusea |
Atovaquona | Malarone | GSK | Malária |
Capecitabina | Xeloda | Roche | Câncer |
Ertapenem | Invanz | MSD | Antibiótico |
Everolimus | Certican | Novartis | Câncer |
Famotidine | Famoset | Mylan | Úlcera |
Imatinibe | Glive | Novartis | Laucemia |
Rimonabanato | Acomplia | Avantis | Retirado do mercado |
Rituximab | Mabthera | Roche | Câncer |
Sirolimus | Rapamune | Wyeth | Transplantes |
Ziprasidona | Geodon | Pfizer | Distúrbios psicológicos |
Fonte SaudeWeb
Nenhum comentário:
Postar um comentário