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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Assembleia aprova projeto que transforma HC em autarquia de regime especial

O texto dá mais autonomia administrativa para a entidade. No entanto, segundo críticos, a medida pode acarretar maior atendimento a planos de saúde - sistema conhecido como "porta dupla"

Durante Assembleia Legislativa de São Paulo foi aprovado, por 58 votos a favor e 19 contra, o projeto de lei que transforma o Hospital das Clínicas (HC) da USP em autarquia de regime especial. O texto dá mais autonomia administrativa para a entidade. No entanto, segundo críticos, a medida pode acarretar maior atendimento a planos de saúde – sistema conhecido como “porta dupla”.

Se o projeto for sancionado pelo governador Geraldo Alckmin, o hospital passa a ter autonomia para, por exemplo, criar e extinguir cargos e contratar funcionários pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Momentos antes da votação, foram suprimidos dois parágrafos do texto. Um deles autorizava o hospital a “realizar convênios e contratos com fundações e entidades de apoio” e o outro permitia a “interveniência das suas fundações de apoio nos recursos oriundos do atendimento aos pacientes SUS, de convênios e particulares”.

Para o deputado Adriano Diogo (PT), o texto ainda dá margem para o reconhecimento legal dos convênios mantidos com planos de saúde. Segundo Diogo, a medida configura um processo de privatização na saúde.

Já o líder do governo na casa, deputado Samuel Moreira (PSDB), afirma que o texto não faz qualquer menção ao tema saúde suplementar.

Segundo José Otávio Auler Júnior, do Conselho Deliberativo do HC, os convênios mencionados no texto não têm relação com a saúde suplementar e sim com entidades de fomento à pesquisa, por exemplo. Mas esse ponto só deve ficar claro depois que a lei for regulamentada.

Mudanças
O projeto, de autoria do ex-governador Cláudio Lembo, passou por diversas modificações. Na semana passada, foi incluído um trecho segundo o qual recursos provenientes de convênios “deverão se dar sem prejuízo do Sistema Único de Saúde, sendo obrigatória a priorização da prestação de serviços aos usuários desse sistema”.

Apesar das modificações, o texto ainda permite a legitimação e a ampliação do atendimento a particulares, afirma Mario Scheffer, presidente do Grupo Pela Vidda. A ONG entrou com uma representação contra o projeto de lei no Ministério Público (MP) de São Paulo.

Fonte SaudeWeb

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