“Esses dados sinalizam o alerta e a necessidade de programas de promoção de saúde e prevenção de doenças”, avalia Denise Eloi, presidente da Unidas
A 12ª Pesquisa Nacional da União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde– UNIDAS, lançada durante o Congresso da instituição, nesta segunda-feira (21), mostra que as operadoras de autogestão acolhem 22,3% de idosos no seu universo de beneficiários. Em todo o sistema de saúde suplementar esse percentual é de 11,2%. “Esses dados sinalizam o alerta e a necessidade de programas de promoção de saúde e prevenção de doenças”, avalia Denise Eloi, presidente da UNIDAS.
Nesta edição, a pesquisa elaborada em parceria com o Centro Paulista de Economia da Saúde (CPES), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), traz amostragem referente a ano de 2010. Para o levantamento foram consultadas 48 operadoras. Juntas, elas representam mais de 3,2 milhões de vidas, 62,4% dos beneficiários da autogestão no Brasil, segundo dados da Agência Nacional de Saúde suplementar (ANS).
O estudo revela, ainda, o impacto dos custos sobre as operadoras, principalmente para as pequenas e médias. Os dez beneficiários que mais utilizam os serviços das empresas que possuem até 20 mil vidas, por exemplo, representam 38% do total de gastos. Nas de médio porte, com até 100 mil vidas, os mesmos dez beneficiários que mais se utilizam dos serviços consomem 18%. Para as grandes, esse valor corresponde a cerca de 3%.
Em relação a despesas hospitalares, a amostra revela que 49,3% dos gastos são destinados à compra de materiais, órteses, próteses e medicamentos. “Esse resultado corrobora a análise da UNIDAS sobre a distorção do modelo de pagamento do sistema, já que o hospital ganha muito mais pela venda de materiais e medicamentos do que pela prestação de serviços. Essa destinação dos recursos para insumos provoca prejuízo para o setor”, explica Denise.
“O estudo traz informações imprescindíveis para o aprimoramento da relação e parceria entre as operadoras e os prestadores de serviços. Os dados mostram a evolução do setor em comparação aos anos anteriores e servem de embasamento para a busca de novas formas de gestão que viabilizem a sustentabilidade do sistema, além de modelos assistenciais que atendam as reais necessidades de saúde da população”, completa a presidente da UNIDAS.
Fonte SaudeWeb
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