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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Calor facilita a incidência de candidíase nas mulheres

As mulheres devem reforçar os cuidados com a higiene pessoal no verão, principalmente por causa do calor.

Uma das doenças mais comuns nessa época é a candidíase, causada pela alteração da acidez na vagina. Quando há redução dos bacilos de defesa da flora de proteção, fica mais fácil a proliferação do fungo Candida albicans. Além disso, a candidíase também pode ser transmitida através da relação sexual sem prevenção.

Segundo o médico Jean Furtado Francisco, chefe do serviço de ginecologia do Hospital Evangélico, todas as mulheres têm o fungo. No entanto ele causa a doença apenas quando há alteração na acidez. Por isso as mulheres devem manter a higiene e nunca compartilhar toalhas e peças íntimas para não se contaminar.

Para evitar a doença, as mulheres devem optar por tecidos leves, especialmente o algodão, e evitar os sintéticos; bem como utilizar sabonete neutro e não deixar a região íntima úmida após o banho. “As mulheres também devem evitar as duchas vaginais porque podem ocasionar a remoção dos bacilos de defesa”, alerta o médico.

A proliferação do fungo também pode ser o indicador de outras doenças, como diabetes, tireóide e HPV, que causam mudança na acidez, facilitando a proliferação da Candida albicans.

Os principais sintomas da doença são coceira, inchaço e inflamação na vagina, além de secreção embranquecida e densa.

O ginecologista diz que se a mulher estiver com o fungo o parceiro também precisa se tratar, pois ela pode passar o fungo para o homem na relação sexual sem proteção. Além disso, se ela se tratar e o parceiro não, depois que ela estiver curada pode ser novamente contaminada durante a relação sexual. “No homem o fungo se aloja na uretra e a doença não tem sintomas”, informa.

O risco maior da doença é que ela facilita a entrada de outras bactérias e protozoários no sistema reprodutor feminino. Esses micro-organismos podem subir até o colo do útero, ovários, trompas e chegar à região pélvica. Nos casos mais graves, essas “novas bactérias” podem causar infecções na bexiga e, em algumas situações, há a necessidade de fazer cirurgia. Pode ocorrer também infecção generalizada, mas isso é raro.

Fonte Gazeta do Povo

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