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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Dados do governo revelam que o DF tem 60 mil portadores de diabetes

No início da noite de ontem, a Catedral Metropolitana foi iluminada de azul. Um círculo dessa cor representa a união das pessoas contra a doença (Antonio Cunha/Esp. CB/D.A Press)
No início da noite de ontem, a Catedral Metropolitana foi iluminada de azul.
 Um círculo dessa cor representa a união das pessoas contra a doença


O Dia Mundial do Diabetes foi lembrado ontem, em Brasília. A Catedral Metropolitana recebeu iluminação azul, às 20h.

A marca da campanha da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), projetada no templo, é um círculo dessa cor, que representa a união da sociedade contra a doença. No sábado anterior, quem passou pela Rodoviária do Plano Piloto recebeu atendimento gratuito para medir o nível de glicose no sangue e teve orientações sobre alimentação e outros cuidados.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, divulgados no site da Secretaria de Saúde do DF, há pelo menos 60 mil portadores de diabetes tipos 1 e 2, no Distrito Federal (ver arte abaixo). Nem todos estão cadastrados para receber tratamento. Atualmente, mais de 366 milhões de pessoas convivem com o diabetes em todo o mundo. O tipo 2 responde por mais de 95% dos casos, de acordo com a Federação Internacional do Diabetes (IDF).

Causas
Há justificativas para o avanço desse mal. “O aumento de casos de diabetes, especialmente do tipo 2 em países em desenvolvimento, decorre de alguns fatores como aumento da obesidade, do sedentarismo, dos maus hábitos alimentares e do próprio envelhecimento da população”, explicou Walter Minicucci, vice-presidente da SBD e médico assistente da Disciplina de Endocrinologia da Unicamp.

No Brasil, um em cada 10 adultos é portador de diabetes tipo 2, segundo o Ministério da Saúde. Especialistas alertam para os riscos de não controlar a doença. O diabetes pode causar cegueira e até a amputação de membros, quando não é controlado. Os desdobramentos envolvem inclusive questões neurológicas. “O diabetes mata uma pessoa a cada 8 segundos e não discrimina. Ele acomete mulheres e homens, jovens e adultos, ricos e pobres. Em muitos casos, o cérebro também perde desempenho”, explicou o neurologista Ricardo Teixeira, em artigo publicado no blog Saúde para todos, da jornalista Maria Vitória, do Correio.

O médico chama a atenção para as possíveis complicações. “O impacto do diabetes sobre a função cerebral é maior em duas fases da vida: durante o desenvolvimento cerebral na infância assim como na velhice, quando o cérebro passa por alterações degenerativas. O diabetes é um dos reconhecidos fatores de risco para o transtorno cognitivo leve dos idosos, assim como para a demência vascular e a doença de Alzheimer”, alertou.

É possível perceber alguns sinais do diabetes, como sede excessiva, perda de peso, fome exagerada, cansaço sem explicação, má cicatrização e vontade de urinar com frequência anormal. A fórmula da prevenção é simples: exercícios físicos somados a dieta alimentar saudável. Além disso, aconselha-se controlar a pressão arterial e evitar bebidas alcoólicas e cigarro.

O Dia Mundial do Diabetes é marcado por ações em mais de 160 países. Desde 2007, a Organização das Nações Unidas (ONU) publicou uma resolução que fixou 14 de novembro como Dia Mundial do Diabetes. A escolha não foi aleatória. A intenção é lembrar o nascimento do cientista canadense Frederick Banting, que com Charles Best, teve a ideia que levou ao descobrimento da insulina, em 1922. No Brasil, as ações são coordenadas pela SBD.

Fonte Correio Braziliense

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