Posicionar-se como referência em alta complexidade é a estratégia do hospital
“Competência não se resolve, se estabelece”, é assim que o diretor geral do Hospital 9 de Julho, Luiz de Luca, explica a estratégia da entidade de trabalhar competências e consolidar a marca na alta complexidade.
“Temos trabalhado a construção das competências ao longo dos últimos anos. Isso não é estratégia de 2010 ou 2011. Já estamos elencando essas especialidades faz tempo. A gastroenterologia, por exemplo, temos há muito tempo na instituição e chegamos a realizar de 30 a 40 cirurgias bariátricas por mês”, explica o executivo.
Para fortalecer esse posicionamento, o hospital está investindo R$ 1,5 milhão em campanhas publicitárias e de marketing para comunicar suas competências aos pacientes. O mote da divulgação é tornar a entidade conhecida pelo tratamento de especialidades chamadas de “graves” pelo público leigo e, com isso, fortalecer a imagem junto aos pacientes, fator importante, já que o hospital começa a observar uma demanda maior de atendimentos particulares, embora, em sua maioria, os pacientes utilizem os serviços por meio de planos de saúde.
Outra iniciativa para estabelecer as competências é a inauguração do centro de ambulatórios e consultórios, , avaliado em R$ 32 milhões entre obras e equipamentos, e com foco nas seguintes especialidades: coluna, dor e neurocirurgia funcional, gastroenterologia, oncologia, medicina do esporte, ortopedia, rim e urologia, trauma e diabetes. A ideia é transferir o diagnóstico par o centro, o que é chave para a entidade.
O centro será dedicado ao tratamento integral do paciente. Nem todas as especialidades estarão presentes no novo prédio, mas isso não significa que elas não sejam abordadas. “Se é gastroenterologia, mas há um problema que é derivado disso, vamos trabalhar com o especialista de base e outros profissionais necessários, em termos de apoio”, diz.
O mesmo conceito de trabalhar as competências é replicado na gestão de pessoas. De Luca não busca os profissionais, mas sim desenvolve competências em casa. “Encontrar alguma coisa significa achar algo que ainda não se tem. A assistência deve estar desenhada para isso. Existe a deficiência de profissionais, mas claro que a gente pode desenvolver o mercado”.
Tecnologia
O trabalho é replicado na gestão dos profissionais dentro da instituição. O Hospital 9 de Julho já trabalha com a mensuração do desempenho do corpo clínico, com indicadores de custo, margem de resultado,infecção hospitalar e reinternação, entre outros.
Por não serem remunerados diretamente pelo hospital, os médicos não recebem por performance, mas, ao cumprir as metas, ganham facilidades dentro da instituição, como consultórios subsidiados.
A mensuração dos resultados é feita eletronicamente e é parte de um plano para tornar toda a informação eletrônica e integrada. Hoje, o prontuário eletrônico está presente na Urgência, parte da prescrição da UTI também já é digital e, até o final do ano, o prontuário eletrônico será implantado também na internação. A nova torre já será inaugurada com a informação digitalizada e, até o primeiro trimestre de 2013, a intenção é ter 100% dos procedimentos digitlizados.
”Não adianta ter um PDA na beira do leito e fazer uma ponta muito restrita do processo”, pontua. No 9 de Julho, esta é apenas uma fase da implantação. “Toda vez que estamos concluindo uma etapa, já começamos outra. A parte do prontuário eletrônico é decorrência da gestão total da informação. Quando acabar, vamos trabalhar os protocolos assistenciais , com o que se tem do ponto de vista eletrônico, de maneira que a informação seja mais facilmente auditada”, conclui.
Fonte SaudeWeb
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