Largar o hábito pode ser fundamental no tratamento, dizem especialistas
Um novo estudo descobriu que uma parcela dos pacientes com câncer colorretal e de pulmão continuam a fumar após o diagnóstico.
Quando um paciente recebe o diagnóstico de câncer, o foco principal é o tratamento da doença. Mas parar de fumar pode ser tão importante quanto, porque o hábito pode afetar negativamente a resposta ao tratamento, o risco de novos tumores e, potencialmente, a sobrevida, dizem os autores.
O artigo foi publicado primeiramente na edição online do periódico Câncer.
Os pesquisadores avaliaram as taxas de tabagismo na época do diagnóstico e cinco meses após em 5.338 voluntários. No início, 39% dos pacientes de câncer de pulmão e 14% dos que sofriam de tumor colorretal fumavam. No fim, as taxas ficaram em 14% e 9%, respectivamente. Os resultados indicam que uma parte dos pacientes continua fumando e que os portadores de câncer colorretal são menos propensos a largar o hábito.
Fatores e características relacionados à dificuldade em largar o hábito variaram conforme o tipo de câncer. Pacientes com câncer de pulmão tinham menor índice de massa corporal, baixo suporte emocional, não receberam quimioterapia e tinham fumado um alto número de cigarros em algum momento da vida. As vítimas de câncer colorretal tinham menor nível educacional e também tinham fumado grande número de cigarros por dia.
"O achado pode ajudar a identificar pacientes que correm risco de continuar fumando e guiar o desenvolvimento de um tratamento para largar o cigarro nessas pessoas", dizem os autores.
Fonte Estadão
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