Nascidos no sábado, bebês devem permanecer por cerca de dois meses na UTI neonatal
A comerciante Dilcimara Baierle, 37 anos, sempre sonhou em ter gêmeos. Mãe de duas meninas — Vitória, 13 anos, e Nicolly, quatro — tinha parado de tomar a pílula anticoncepcional para tentar um menino. Quase matou o marido de susto quando chegou em casa com a notícia de que viriam dois meninos e duas meninas. Luiz Carlos Filho, Isabella, Sophia e Luiz Felipe, nasceram entre as 22h37min e as 22h40min de sábado, no Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, pesando, em média, 1,3kg.
— Teremos que mudar bastante a rotina, já diminuí a sala para aumentar um quarto e vamos ter de contratar duas babás para ajudar, mas estamos muito felizes — relata a mãe, que a toda hora sai do quarto para dar uma espiada nas crianças pelo vidro da UTI neonatal.
A quadrimãe, natural de Rio Pardo, mora com a família em São Jerônimo, e já tinha fixado residência no hospital em 18 de janeiro, devido aos riscos da gestação. De acordo com a obstetra e especialista em gestação de alto risco Janete Vettorazzi, graças à boa saúde e à internação precoce da mãe, o quarteto alcançou uma marca rara: nasceu com 30 semanas, enquanto a média, nesses casos, é de 28.
De acordo com a médica, os bebês só poderão ir para casa quando atingirem pelo menos 2kg, o que deve demorar cerca de dois meses. Seriam quatro, em casos típicos. Nesse tempo, Dilcimara, que receberá alta nesta semana, vai ficar na casa de uma amiga na Capital, para não se afastar das crianças.
Gêmeos na família
Embora a concepção natural de quadrigêmeos não seja comum, a hereditariedade está a favor de Dilcimara, que tem gêmeos bivitelinos entre tios e primos. Esse fator, segundo a obstetra Janete, foi determinante. O caso era delicado tanto pela idade — toda gravidez acima dos 35 anos é considerada de risco — quanto pelo tamanho do útero.
— As chances de rompimento do útero são muito grandes, o que coloca em perigo tanto a mãe quanto os bebês — destaca a médica.
Devido ao alto risco, o parto de quadrigêmeos é uma megaoperação: foram dois obstetras, dois anestesistas, quatro pediatras, três enfermeiras e quatro técnicas de enfermagem. Sem contar a preparação da UTI e os profissionais que ficaram de sobreaviso para o caso de complicações.
Tudo correu bem, mas os cuidados não param após o parto. Os bebês precisam ganhar peso e a mãe ainda corre riscos de sangramento, precisa tomar medicamentos para que o útero volte ao tamanho normal e tem de estimular a produção de leite para poder amamentar os filhos quando todos estiverem em casa.
Leite, aliás, é uma das preocupações da família. Assim como fraldas. Serão necessárias cerca de 1,5 mil fraldas por mês. Enquanto atende os telefonemas de familiares e amigos dando os parabéns, Dilcimara torce para que a solidariedade se transforme em doações. Interessados em ajudar pode enviar e-mail para vinicksj@gmail.com.
— Teremos que mudar bastante a rotina, já diminuí a sala para aumentar um quarto e vamos ter de contratar duas babás para ajudar, mas estamos muito felizes — relata a mãe, que a toda hora sai do quarto para dar uma espiada nas crianças pelo vidro da UTI neonatal.
A quadrimãe, natural de Rio Pardo, mora com a família em São Jerônimo, e já tinha fixado residência no hospital em 18 de janeiro, devido aos riscos da gestação. De acordo com a obstetra e especialista em gestação de alto risco Janete Vettorazzi, graças à boa saúde e à internação precoce da mãe, o quarteto alcançou uma marca rara: nasceu com 30 semanas, enquanto a média, nesses casos, é de 28.
De acordo com a médica, os bebês só poderão ir para casa quando atingirem pelo menos 2kg, o que deve demorar cerca de dois meses. Seriam quatro, em casos típicos. Nesse tempo, Dilcimara, que receberá alta nesta semana, vai ficar na casa de uma amiga na Capital, para não se afastar das crianças.
Gêmeos na família
Embora a concepção natural de quadrigêmeos não seja comum, a hereditariedade está a favor de Dilcimara, que tem gêmeos bivitelinos entre tios e primos. Esse fator, segundo a obstetra Janete, foi determinante. O caso era delicado tanto pela idade — toda gravidez acima dos 35 anos é considerada de risco — quanto pelo tamanho do útero.
— As chances de rompimento do útero são muito grandes, o que coloca em perigo tanto a mãe quanto os bebês — destaca a médica.
Devido ao alto risco, o parto de quadrigêmeos é uma megaoperação: foram dois obstetras, dois anestesistas, quatro pediatras, três enfermeiras e quatro técnicas de enfermagem. Sem contar a preparação da UTI e os profissionais que ficaram de sobreaviso para o caso de complicações.
Tudo correu bem, mas os cuidados não param após o parto. Os bebês precisam ganhar peso e a mãe ainda corre riscos de sangramento, precisa tomar medicamentos para que o útero volte ao tamanho normal e tem de estimular a produção de leite para poder amamentar os filhos quando todos estiverem em casa.
Leite, aliás, é uma das preocupações da família. Assim como fraldas. Serão necessárias cerca de 1,5 mil fraldas por mês. Enquanto atende os telefonemas de familiares e amigos dando os parabéns, Dilcimara torce para que a solidariedade se transforme em doações. Interessados em ajudar pode enviar e-mail para vinicksj@gmail.com.
Fonte Zero Hora
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