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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Cientistas encontram molécula-chave para detectar e tratar dor crônica

Foram utilizados ratos com este problema durante quatro anos de pesquisa

Um estudo da Universidade Rovira i Virgili de Tarragona (URV) e publicado pela revista "Nature Chemical Biology" encontrou uma molécula-chave para detectar e tratar a dor crônica, informou nesta terça-feira o centro acadêmico do nordeste da Espanha. Os cientistas descobriram, através de pesquisas metabolômicas, que a dimetil-esfingosina (DMS) - um metabólito das membranas celulares do sistema nervoso - se acumula na medula espinhal em ratos que sofrem dor neuropática.

Além disso, chegaram à conclusão de que a DMS também provoca dor quando injetada em ratos que não sofriam dor previamente, o que abre portas para a inibição desta molécula e para um futuro desenvolvimento de medicamentos. O pesquisador Òscar Yanes, que iniciou os trabalhos no Instituto de Pesquisa Scripps, em San Diego (EUA) e os terminou na URV de Tarragona, explicou que era muito difícil encontrar animais que tivessem dor crônica, até que enfim foram utilizados ratos com este problema nos quatro anos de pesquisa.

"Demonstramos que há uma via metabólica sobre a qual é possível fazer intervenções, já que mostramos reações que no futuro podem ser úteis para encontrar inibidores", afirmou Yanes. Segundo o cientista, o bloqueio das enzimas que geram a DMS "poderia diminuir a dor". Por enquanto, não há comprovações de que o modelo seja capaz de controlar todos os tipos de dor crônica, mas até agora não se sabia praticamente nada em nível molecular sobre o assunto. "Este é um primeiro passo", acrescentou.

De acordo com o doutor Yanes, o trabalho pode abrir portas para investigar a dor associada ao diabetes, por exemplo. "Temos que ver primeiro se os resultados se aplicam em humanos", já que ainda é preciso descobrir se a DMS se acumula em humanos que sofrem de dor crônica, "ou encontrar um rato diabético para fazer uma pesquisa parecida com a realizada até agora." Sua ideia é buscar alguns destes compostos no sangue de pacientes com dor crônica.

"Temos capacidade de encontrar indicadores, tentar quantificar a dor e dar ferramentas aos médicos para que os pacientes não tenham que graduar a dor com um teste", explicou. Outro objetivo do estudo é descobrir de onde provém a dor: "Agora que conhecemos a via metabólica e os compostos que se acumulam, a curto prazo devemos estudar o sangue e o líquido cefalorraquídeo, que é uma estratégia mais simples que desenvolver remédios", embora também seja uma meta a longo prazo.

Fonte R7

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