Usar sêmen de familiares ou conhecidos fere a ética e os direitos dos pacientes
A novela é baseada no cotidiano, na vida real, em assuntos comuns. Mas os temas, é claro, são propositalmente exagerados e romantizados. Isso pode gerar confusão na cabeça do telespectador: afinal, o que é certo e errado quando o assunto é reprodução assistida?
Veja quais foram os pontos fundamentais que a Dra. Danielle, interpretada pela talentosa atriz Renata Sorrah, na novela Fina Estampa, não seguiu. E que está gerando todo o conflito!
Uso do sêmen do irmão
O tratamento com óvulos e sêmen doados está devidamente regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina. A escolha do sêmen é feita em bancos específicos para tal finalidade, sendo que a identificação é apenas por números. Ou seja, a paciente e o médico que realiza o tratamento não sabem quem foi o doador.
Uso do sêmen de pessoa que já faleceu
Quando espermatozoides, óvulos ou embriões são congelados, as pessoas (homem, mulher ou casal, respectivamente) devem expressar por escrito sua vontade quanto ao seu destino em caso de divórcio, doenças graves ou falecimento.
Doadora de óvulo
Não é permitido que integrantes da equipe da Clínica de Reprodução Humana participem como doadores do óvulos, espermatozoides ou embriões. Apesar da personagem Beatriz, que doou os óvulos, não ser exatamente uma funcionária da clínica da Dra. Danielle, ela frequentava o local e tinha vínculo estreito com ela. Neste caso, o ideal é que não seja doadora, justamente para evitar conflitos no futuro.
Comportamento dos funcionários da clínica
Apesar de toda a boa intenção que a personagem Glória teve, devemos ressaltar que todos os funcionário da clínica devem, dentro de suas funções, manter preservado o sigilo do que ocorre em seu trabalho. Imaginem, por exemplo, uma pessoa famosa que passa em uma clínica para dependentes químicos. Os funcionários devem ser instruídos a manter total sigilo! Além disso, os dados médicos devem ser mantidos em arquivos específicos, sem acesso a outras pessoas.
Assim, é importante lembrar que a Reprodução Humana é uma especialidade regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina e cabe a nós seguirmos as regras impostas. Agora, como espectadores, vamos aguardar os próximos capítulos!
Fonte: Resolução do Conselho Federal de Medicina No 1.957 de 2010.
Por Minha Vida
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