Um chip implantado sob a pele, que mede a glicose no sangue e carrega informações médicas do diabético. Tudo concentrado em um dispositivo do tamanho de um grão de feijão.
Pode parecer ficção científica, mas pesquisadores da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), em Minas Gerais, se aproximam da confecção de um aparelho que promete simplificar o tratamento do diabetes tipo 2, doença cerca de 10 vezes mais recorrente do que a do tipo 1, sobretudo após os 40 anos de idade.
Segundo a Associação Nacional de Assistência ao Diabético (Anad), o diabetes tipo 2 atinge cerca de 12 milhões de pessoas, cujas células adquirem resistência à insulina. O tratamento inicial inclui dieta e medicamento oral quando necessário. Com a progressão da doença, é preciso aplicar injeções subcutâneas de insulina diariamente.
A medição da glicose deve ser feita constantemente para controlar os danos causados pela hiperglicemia (excesso de glicose no sangue) por meio de ajustes na alimentação e na medicação. Atualmente, o próprio paciente pode coletar uma gota de sangue de seu dedo para fazer essa medição, mas o procedimento ainda causa grande desconforto, especialmente se realizado algumas vezes ao dia.
Para melhorar a qualidade de vida dos diabéticos, formou-se uma parceria na Unifei entre o grupo de microeletrônica, à frente o engenheiro Tales Cleber Pimenta, e o grupo de biosensores e materiais, coordenado por Álvaro Antônio Alencar de Queiroz. A equipe de Pimenta monta circuitos de baixas tensão e potência, apropriados para o implante em humanos. Já a de Queiroz pesquisa materiais que reagem eletricamente à presença de elementos no sangue.
Segundo a Associação Nacional de Assistência ao Diabético (Anad), o diabetes tipo 2 atinge cerca de 12 milhões de pessoas, cujas células adquirem resistência à insulina. O tratamento inicial inclui dieta e medicamento oral quando necessário. Com a progressão da doença, é preciso aplicar injeções subcutâneas de insulina diariamente.
A medição da glicose deve ser feita constantemente para controlar os danos causados pela hiperglicemia (excesso de glicose no sangue) por meio de ajustes na alimentação e na medicação. Atualmente, o próprio paciente pode coletar uma gota de sangue de seu dedo para fazer essa medição, mas o procedimento ainda causa grande desconforto, especialmente se realizado algumas vezes ao dia.
Para melhorar a qualidade de vida dos diabéticos, formou-se uma parceria na Unifei entre o grupo de microeletrônica, à frente o engenheiro Tales Cleber Pimenta, e o grupo de biosensores e materiais, coordenado por Álvaro Antônio Alencar de Queiroz. A equipe de Pimenta monta circuitos de baixas tensão e potência, apropriados para o implante em humanos. Já a de Queiroz pesquisa materiais que reagem eletricamente à presença de elementos no sangue.
Com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), o projeto juntou essas duas tecnologias para desenvolver um microchip de longa duração capaz de detectar a quantidade de glicose no sangue.
A ideia é que os microchips possam ser implantados embaixo da pele, de forma semelhante a que é feita para monitoração de espécies ameaçadas de extinção. O dispositivo irá medir o nível de glicose no sangue e transmitir o resultado por sinal de rádio para um aparelho externo colocado sobre a pele. Esse aparelho poderá inclusive acionar uma bomba de infusão para liberação de insulina diretamente no organismo, sem que haja qualquer intervenção exterior.
Implante
A próxima etapa da pesquisa, iniciada há dois anos, é fazer outras medidas, tais como níveis de colesterol, ureia e oxigênio. Também está previsto o armazenamento de dados pessoais do paciente, como nome, tipo sanguíneo, alergias e medicamentos administrados. “Isso facilitaria muito no atendimento médico, especialmente em casos de emergência”, explica Pimenta.
O pesquisador ressalta que os microchips também são uma alternativa econômica. “Atualmente, as pessoas furam o dedo várias vezes ao dia, o que, além de causar desconforto, gasta muito material. O microchip seria um implante de longa duração sem despesas posteriores”, afirma. O acesso à nova tecnologia sairia hoje por cerca de US$ 250, contando os custos do chip, da sua implantação e do aparelho externo para medição. Os pesquisadores esperam que em dois anos o chip esteja pronto para os testes clínicos, quando se saberá se são aptos para o implante em humanos.
Marcella Huche Ciência Hoje/RJ
A ideia é que os microchips possam ser implantados embaixo da pele, de forma semelhante a que é feita para monitoração de espécies ameaçadas de extinção. O dispositivo irá medir o nível de glicose no sangue e transmitir o resultado por sinal de rádio para um aparelho externo colocado sobre a pele. Esse aparelho poderá inclusive acionar uma bomba de infusão para liberação de insulina diretamente no organismo, sem que haja qualquer intervenção exterior.
Implante
A próxima etapa da pesquisa, iniciada há dois anos, é fazer outras medidas, tais como níveis de colesterol, ureia e oxigênio. Também está previsto o armazenamento de dados pessoais do paciente, como nome, tipo sanguíneo, alergias e medicamentos administrados. “Isso facilitaria muito no atendimento médico, especialmente em casos de emergência”, explica Pimenta.
O pesquisador ressalta que os microchips também são uma alternativa econômica. “Atualmente, as pessoas furam o dedo várias vezes ao dia, o que, além de causar desconforto, gasta muito material. O microchip seria um implante de longa duração sem despesas posteriores”, afirma. O acesso à nova tecnologia sairia hoje por cerca de US$ 250, contando os custos do chip, da sua implantação e do aparelho externo para medição. Os pesquisadores esperam que em dois anos o chip esteja pronto para os testes clínicos, quando se saberá se são aptos para o implante em humanos.
Marcella Huche Ciência Hoje/RJ
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