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quinta-feira, 15 de março de 2012

Entenda como funciona o sistema de telerradiologia do Fleury

Laboratório criou uma central de laudos, que é responsável pela análises dos exames de análises clínicas e imagens e depois enviada para as unidades locais. Veja o processo!

No ano de 2007, o laboratório Fleury Medicina Diagnóstica implantou um programa de telerradiologia interna, com o objetivo de permitir que os exames pudessem ser acessados de forma eletrônica e à distância. Com este projeto, a empresa criou uma central de laudos, onde são feitas as análises.

De acordo com o diretor corporativo de tecnologia da informação do Grupo Fleury, Claudio Laudeauzer, a central de laudos é composta por 80 médicos, em São Paulo. “Todas as nossas unidades fazem os exames de imagens e são colocadas nesse repositório central e os profissionais, junto com o sistema de PACS, fazem a leitura do exame e encaminham para a unidade local onde foi feito o exame”.

O médico radiologista tem na tela a sua lista de tarefas. “Nós temos um sistema interno chamado cockpit médico, onde é possível pegar todo o histórico do paciente buscar a imagem atual do exame e começa a fazer o laudo. Em seguida, o documento é postado em um site de consultas que pode ser visualizado pelo outro lado”.

Em sua participação no evento 1.2.1 Network Saúde, realizado na IT Mídia, na última terça-feira, (13), o executivo conta que o grupo transformou essa prática da telerradiologia interna em um produto e hoje presta esse serviço para três clínicas onde duas ficam em Minas Gerais e a outra em São Paulo.

“A grande complexidade que temos com esse projeto é conversar com a TI do hospital. Desenvolvemos um gateway, um micro com software instalado no local, além disso, utilizamos um appliance da Checkpoint usado para fechar o caminho seguro com o firewall do laboratório”.

O executivo diz ainda que o grupo está evoluindo com esse formato de serviço. E conta que presta o serviço para três clínicas, entre elas dentro de um hospital da Rede D´OR, em São Paulo, onde está sendo feita uma integração do sistema da instituição com o laboratório. “O objetivo é fazer com que o médico prescreva o exame e essa prescrição chegue até o no nosso sistema”.

Com esse recurso é preciso processar as informações, recuperar as imagens e depois devolver para o sistema com o prontuário eletrônico do hospital. “Esse sistema já funciona bem com análises clínicas e estamos trabalhando para que funcione com imagens também.”

Limitações
Laudeauzer conta que devido a restrições do Conselho Federal de Medicina os médicos de São Paulo não podem assinar laudos de exames realizados em outros estados. “A unidade de ressonância magnética de Recife encaminha os exames para a nossa central onde os laudos são analisados. Em seguida, encaminhamos de volta para o laudo ser assinado por um médico de lá”.

Além disso, ele diz que existem resistências tecnológicas. ”A sustentação dessa solução depende de ter um canal de diálogo com o prestador. Esse canal nem sempre tem uma pessoa de TI que consiga te ajudar em um momento de falha”.

Segurança
Para Laudeauze, a informação mais preciosa que o Grupo Fleury tem é o banco de dados de resultados. Ele conta que a empresa possui um arquivamento de informações online desde 1997 e um banco de imagens desde 2007.

“No caso especifico de telerradiologia, apesar de ser feita pela internet não é feita de forma aberta. Coloca-se uma appliance, que fecha uma VPN com o firewall, trafegando por uma rede segura. Somente o gateway que está na outra ponta, por meio da VPN, consegue enviar imagens para o banco de dados do laboratório”.

Ele diz ainda que essas imagens ficam em uma área de quarentena e localmente nós comandamos essa informação para o nosso banco de dados central.

Como está associado a um serviço de internet o laboratório não poderia afetar o link principal. Sendo assim, separou um link para esse serviço que não fica no acesso principal.

O convidado finaliza ao dizer que o grupo está caminhando para o laudo estruturado e diz que, até o final do ano, pretende liberar versão interna, onde as informações serão estruturadas em banco de dados. Assim, será possível comparar pelo laudo determinados tamanhos de órgão e eventos que estão sendo acompanhados ao longo do exame de imagem.

Fonte SaudeWeb

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