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quinta-feira, 15 de março de 2012

Indústria do tabaco usa sabores para atrair jovens, diz Inca em resposta ao setor

Órgão afirma que ação da Anvisa protege crianças da iniciação ao fumo

O Inca (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva) divulgou nota, nesta quarta-feira (14), contrária às publicações de organismos ligados à indústria do tabaco, que refutam a decisão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A agência reguladora vetou a fabricação e comércio de cigarros aromatizados.

De acordo com a nota do órgão do Ministério da Saúde, a introdução de sabores nos produtos derivados de tabaco, incluindo cigarros, charutos, tabaco sem fumaça, kreteks (cigarro de cravo), bidis (cigarrilhas aromatizadas) e narguilé tem a função de “tornar seu produto agradável, acrescentando aditivos variados, tais como: açúcar, mel, cereja, tutti-frutti, chocolate, dentre outros, com único objetivo: atrair jovens”.

- Os aditivos visam mascarar tanto o gosto ruim, a irritação e a tosse que a fumaça do tabaco provoca, como facilitar a primeira tragada e desenvolver dependência à nicotina. Vários estudos indicam que os adolescentes são especialmente vulneráveis a esses efeitos e têm uma maior probabilidade do que os adultos desenvolverem dependência ao tabaco. Muitos dos aditivos, inclusive o açúcar, ao serem queimados durante o ato de fumar, se transformam em substâncias altamente tóxicas e cancerígenas.

Levando isso em conta, o Inca diz ser fundamentais as ações da Anvisa para “em especial, proteger as crianças e adolescentes da iniciação ao tabagismo”.

O instituto lembra ainda que o Brasil é país signatário do primeiro tratado de saúde pública do mundo, a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, que assumiu como uma obrigação legal a regulação dos produtos de tabaco. E enfatiza, por fim, que todos os produtos derivados do tabaco (sem exceções para os que contêm mentol e outros aromatizantes) causam câncer e outras doenças tabaco-relacionadas, de acordo com o FDA, agência reguladora americana.

- É fato científico que o consumo dos produtos de tabaco provoca a morte de 5 milhões de pessoas a cada ano no mundo. No Brasil, são 200 mil mortes anuais. Ao todo, são 25 milhões de fumantes no nosso país.”

Fonte R7

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