Estudos apontam melhoras na eficácia de tratamentos, mas ainda há questões pendentes
A acupuntura e a hipnose podem ajudar fumantes a largar o cigarro, confirma uma pesquisa que revisitou 14 estudos do assunto. Os cientistas publicaram as conclusões no American Journal of Medicine e disseram que o que ainda restam são questões relativas à eficácia desses métodos e à comparação deles com outros modos de combate ao vício.
De acordo com Mehdi Tahiri, da Universidade de Montreal, no Canadá, um dos líderes da equipe de pesquisadores, os métodos são alternativas para fumantes determinados a largar o cigarro. Em geral, os fumantes tentam o tradicional - adesivos de nicotina, medicamentos e assessoria comportamental. "Mas há quem não esteja interessado em remédios. Nesses casos, acho que deveríamos recomendar acupuntura e hipnose como opções", afirma.
Os pesquisadores descobriram que alguns estudos mostram que fumantes submetidos à acupuntura apresentaram um índice três vezes maior de abandono do cigarro entre seis meses e um ano que os que não utilizaram esse tratamento. Com a hipnose, aqueles que passaram por algumas sessões também tiveram mais sucesso.
Não há porém, certezas quando à taxa de sucesso dessas técnicas nos estudos avaliados, embora haja uma tendência de que os tratamentos melhorem as possibilidades de que o fumante pare de fumar.
Um estudo feito em 2008 promoveu sessões de acupuntura a laser em 258 fumantes aponta que 55% dos que foram submetidos ao tratamento deixaram de fumar em seis meses. Apenas 4% dos fumantes que não foram tratados com a técnica abandonaram o vício.
Já uma pesquisa de 2027 considerou o tratamento de acupuntura convencional em torno da orelha, área comumente associada a estímulos para que o paciente pare de fumar. Apenas 9% dos que se submeteram às sessões pararam de fumar nos seis meses seguintes, ante 6% dos que não fizeram o tratamento. Ou seja, uma taxa de sucesso discrepante do estudo anterior.
Apesar das dúvidas, Tahiri disse que há uma "tendência" nos benefícios da acupuntura e da hipnose. Ainda há que se fazer pesquisas, por exemplo, sobre quantas sessões são necessárias, ou quais técnicas são as mais eficazes. Outros estudos, porém, mostram que os fumantes ainda preferem os métodos convencionais aos tratamentos alternativos.
Fonte Estadão
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