A celulite não é uma doença, mas pode-se dizer que tem mais mulher fugindo dela do que de males reais de saúde. E, por isso, sua cura é provavelmente muito bem-vinda.
Simplesmente 90% das mulheres têm celulite. É um acúmulo de gordura sob a pele, que dá a mesma aquele aspecto de “casca de laranja”, que é perfeitamente normal e inevitável, como a morte e os impostos, já que podem atingir qualquer mulher a partir da puberdade, independente de dieta e cuidados.
No entanto, com o culto à beleza, o tratamento com photoshop nos outdoors e fotos promocionais, além de concursos como “o corpo mais horrível da praia” de programas inúteis destacando as moças com mais celulite, ela foi alçada à condição de doença pela maioria das mulheres, uma “doença” da qual elas estão dispostas a tudo para se livrar. Inclusive a fazer um tratamento com laser, muito parecido com a lipoaspiração.
O nome do aparelho e do tratamento é Cellulaze, e consiste basicamente em uma estação de laser de fibra óptica, baseada na tecnologia SideLight 3D, que ataca as células de gordura com calor.
O tratamento é simples, embora caro, e pode ser feito em uma única aplicação apenas usando anestesia local. Alguns médicos nos EUA cobram US$ 7 mil (R$ 14 mil) pelo tratamento de uma área do tamanho de uma folha de ofício.
O médico marca uma grade na pele da paciente, para evitar a aplicação de muita energia laser na mesma área, o que pode causar seroma, e aplica o Cellulaze através de pequenos furos, destruindo com laser parte das células de gordura e das fibras de tecido conectivo.
Se o tratamento correr bem, em pouco tempo a pele fica mais firme, e lisa, como demonstram as fotos “antes e depois” no site do Cellulaze.
Porém, alguns médicos não estão convencidos, apontando que nada impede que as fibras conectivas cresçam novamente, produzindo as “almofadinhas”. Além disso, a paciente ainda terá que suportar três meses de desconforto prolongado, hematomas, inchaços e dormência na região tratada, dependendo da severidade do tratamento.
O Cellulaze é uma invenção da Cynosure, e o único trabalho científico relacionado ao produto foi publicado no Aesthetic Surgery Journal, de um teste executado pelo doutor Barry E. DiBernardo, cirurgião plástico de Montclair, EUA, com apenas 10 pacientes, de acompanhamento de um ano. O selo de aprovação do FDA, órgão americano que controla alimentos e medicamentos, estabelece que o produto deve ser oferecido como solução temporária, de acordo com o trabalho científico publicado
Fonte Hypescience
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