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sexta-feira, 13 de julho de 2012

Equipe descobre mecanismo inédito envolvido na replicação de parasitas

Estudo pode levar a novas armas para combater condições como a doença do sono, doença de Chagas e leishmaniose

Cientistas da Universidade de Massachusetts, nos Estados unidos descobriram os mecanismos utilizados pelos parasitas para se replicarem e causarem doenças.

A pesquisa poderia um dia levar a uma nova arma para combater doenças como a doença do sono, doença de Chagas e leishmaniose.

No artigo, relatado na revista Eukaryotic Cell, Michele Klingbeil e seus colegas relataram a primeira caracterização detalhada de como proteínas-chave do modelo parasita Trypanosoma brucei se organizam para replicar o DNA mitocondrial (mtDNA).

Segundo os pesquisadores, entender essa coordenação espacial e temporal pode significar um avanço para o desenvolvimento de novos tratamentos que ataquem um dos processos de replicação dos parasitas.

"Parasitas como o T. brucei, que causam a doença do sono, não são fáceis de tratar, pois são muito parecidos com nossas próprias células. Antibióticos são ineficazes, por isso, tratamos como invasores, com produtos químicos tóxicos. Estamos tentando encontrar suas fraquezas, para que possamos explorá-las e, eventualmente, desenvolver um tratamento seletivo, eficaz e aceitável", afirma Klingbeil.

Para o trabalho, os pesquisadores focaram no método complexo de replicação do DNA mitocondrial dos tripanossomas, que envolve o DNA do cinetoplasto ou kDNA. Seus principais componentes são muito diferentes da replicação de DNA em animais e hospedeiros humanos, assim, se pudermos inibir o processo de replicação e tirar o kDNA, os parasitas irão morrer.

KDNA dos tripanossomas é encontrado como um nucleotídeo na mitocôndria, onde tem muitas cópias de mini e maxi-círculos. Estas moléculas passam informações para as células filhas através da polimerase do DNA cuja função é copiar todos os círculos da rede. Tripanossomas têm seis polimerases de DNA mitocondrial, enquanto os humanos têm apenas um.

Para descobrir como essas polimerases do tripanosoma sabem quando iniciar a replicação do DNA, os pesquisadores configuraram uma técnica de imunofluorescência para o acompanhamento de uma polimerase em particular, conhecida como POLID.

Seguindo a polimerase com uma etiqueta fluorescente ao longo do espaço e tempo, a equipe verificou, pela primeira vez, sua relação com o processo de replicação dos parasitas.

"Assim que olhamos mais de perto a localização da POLID, descobrimos um novo mecanismo de participação na replicação do kDNA. Em resposta às mudanças kDNA durante o ciclo de replicação, POLID foi dinamicamente redistribuída, ou mudou de local, da matriz mitocondrial para focos concentrados ao redor do kDNA, e ficou juntamente com as moléculas de kDNA replicantes.

"Esta hipótese nunca tinha sido vista. Foi incrível testemunhar essa descoberta. A pesquisa explica como POLID se engaja na replicação do kDNA e abre novos caminhos para estudar e intervir na dinâmica das proteínas mitocondriais. Esperamos encontrar um produto químico capaz de inibir POLID de realizar o seu papel durante a replicação, impedindo o desenvolvimento de doenças parasitárias", concluem os pesquisadores.

Fonte isaude.net

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