Relatório mostra aumento de 3,1% ao ano em três décadas
Rio - Em 30 anos, cresceram em média 3,1% ao ano os casos confirmados de câncer de mama no mundo. No período, o número de diagnósticos subiu de 640 mil, em 1980, para mais de 1,5 milhão em 2011, segundo o relatório internacional World Breast Cancer Report 2012. Mas enquanto o número de casos diagnosticados aumenta, a mortalidade cai 0,6% ao ano.
O relatório, coordenado por Peter Boyle, do Instituto Internacional de Pesquisa da Prevenção, em Lyon, na França, indica que o aumento é resultado de fatores positivos, como o aumento da longevidade e do atendimento de saúde em países pobres.
No início da série pesquisada, a a doença era majoritariamente diagnosticada em mulheres de países ricos, que dispunham de estrutura para rastrear o problema. Além disso, as vítimas faziam parte de uma população com idade média mais elevada, um dos fatores de risco para o aparecimento da doença.
Agora, o aumento da expectativa de vida em quase todos os países emergentes e pobres, bem como o aparecimento de programas de saúde pública, com incentivo às mamografias, fez com a detecção do problema desse um salto planeta afora.
Outro determinante para o aumento de registros, segundo os pesquisadores, é a mudança de hábitos reprodutivos em todo o mundo. Eles informam que mulheres que demoram mais para engravidar correm, em média, risco maior de desenvolverem tumores mamários.
Estima-se que 60 mil novos casos de câncer de mama sejam detectados no mundo no ano que vem. Em relação à incidência, o Brasil ocupa posição intermediária entre os latino-americanos, diz o relatório. São entre 60 e 80 casos por 100 mil habitantes, dependendo da região do país.
O país da região com pior colocação é a Argentina (85 casos por 100 mil habitantes). Já Peru, Equador, Costa Rica e Colômbia têm a menor incidência: entre 30 e 47 casos por 100 mil habitantes.
Fonte O Dia
Nenhum comentário:
Postar um comentário