Rio de Janeiro – Em comemoração ao Dia Mundial de Luta contra a Hepatite C, no próximo dia 28, o Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari, zona norte da capital fluminense, promove desde ontem (12) a campanha Procura C, com o objetivo de divulgar os riscos da doença. Durante a ação, serão feitos exames para identificação do vírus, cujo resultado sai em apenas dois minutos.
De acordo com o hospital, nas duas campanhas realizadas em abril e maio deste ano, foram feitos 3,1 mil testes, sendo que 14 pessoas apresentaram resultado positivo. A expectativa desta edição, que vai até o dia 25, é que diariamente cerca de 600 pessoas façam os exames e recebam orientações sobre a doença. O Hospital Ronaldo Gazolla se destaca no município em números de identificação da hepatite C, chegando a receber pacientes de algumas cidades da Baixada Fluminense.
Segundo o médico gastroenterologista e coordenador da campanha, Jorge Lucena, pessoas com idade entre 40 e 60 anos apresentam maior incidência da doença. Segundo Lucena, essa faixa etária apresenta maior número de infectados por causa da maior preocupação e comprometimento das pessoas com a saúde. “A pessoa está mais consciente com a saúde. Ela não se tratava há muito tempo, aí faz vários exames e checkups, então descobre que está infectada.”
Lucena adverte que as pessoas que passaram por algum procedimento cirúrgico e precisaram fazer transfusão de sangue devem ficar atentas. Usuários de drogas ou pessoas que mantiveram relações sexuais sem preservativo também devem procurar um hospital e fazer o exame para identificação do vírus.
O coordenador da campanha pede ainda que haja um comprometimento maior das autoridades e de setores da sociedade no que diz respeito à divulgação de informações sobre o controle e a prevenção da doença. “A gente que trabalha com essa parte hepática gostaria de ter um programa de saúde mais forte, com mais publicações e assim chamar as pessoas para conhecer os perigos da doença”, destacou.
A hepatite C é uma inflamação do fígado causada por um vírus transmitido por meio do contato com sangue contaminado. Dependendo da intensidade e do tempo de duração, pode levar à cirrose e ao câncer de fígado. Segundo Lucena, a doença tem cura e o tratamento, que é feito com remédios, pode durar até 72 semanas.
Fonte Agência Brasil
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