Representante de associação ressalta, no entanto, que o atendimento continua sendo igualmente ruim para todos
Foi divulgado nesta semana o relatório " O HIV e a Lei: Riscos, Direitos e Saúde" , com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU). Entre as conclusões do estudo, destaca-se a criminalização do trabalho das profissionais do sexo como entrave para enfrentar a pandemia de aids. No Brasil, no entanto, representantes de organizações relacionadas à prostituição disseram que o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) oferece fácil acesso dessa população às ações de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis .
Conforme a integrante da Associação das Prostitutas da Bahia (Aprosba), Marilene Silva, nos últimos 20 anos, os serviços de saúde mudaram para melhor. " Com o trabalho desenvolvido com as prostitutas e nas associações o preconceito diminuiu bastante" , diz.
A coordenadora do Núcleo de Estudos da Prostituição (NEP) do Ministério da Saúde (MS), Tina da Borda Rivora, concorda. Segundo ela, o preconceito existia principalmente no começo do trabalho, quando as prostitutas, ao irem para o posto, muitas vezes eram abordadas com perguntas de cunho pessoal.
Para Marilene Silva, no entanto, embora o atendimento às profissionais do sexo seja igual ao tratamento que outras pessoas recebem, isso não significa que ele seja bom: " O atendimento é péssimo para toda a população, mas as trabalhadoras do sexo conseguem sim ter acesso às camisinhas e às informações de prevenção" .
Segundo o relatório, mais de 100 países criminalizam algum aspecto do trabalho de profissionais do sexo. O ambiente legal em muitos países expõe as trabalhadoras do sexo à violência, o que leva a sua exclusão econômica e social.
Fonte isaude.net
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