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terça-feira, 31 de julho de 2012

Unesp recruta homens e mulheres para avaliar impacto dos exercícios na menopausa

Serão aceitas pessoas hipertensas e também com pressão arterial considerada normal 40 e 65 anos de idade

Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Rio Claro (SP), vão avaliar o impacto dos exercícios físicos sobre a pressão arterial de mulheres na menopausa. Embora o estudo tenha como foco a saúde feminina, os pesquisadores estão recrutando voluntários de ambos os sexos, com idade entre 40 e 65 anos.

Os candidatos não podem ser fumantes e nem possuir diabetes. Também é desejado que o índice de massa corporal (IMC) não seja maior que 30. Serão aceitas pessoas hipertensas e também com pressão arterial considerada normal.

" Embora a incidência de hipertensão e de outras doenças cardiovasculares seja maior entre os homens, de modo geral, estudos recentes têm mostrado que essa relação se inverte quando as mulheres entram na menopausa" , disse Angelina Zanesco, coordenadora da pesquisa. Acredita-se que o declínio nos níveis do hormônio estrogênio durante o climatério seja a principal explicação para o fenômeno. " Em animais isso já foi demonstrado, mas em humanos a causa não está bem clara" , disse a pesquisadora.

Zanesco ressaltou, no entanto, que os estudos feitos até o momento centraram-se em mulheres sedentárias. " Agora, pretendemos checar se homens hipertensos e mulheres hipertensas dentro da mesma faixa etária respondem da mesma maneira aos exercícios físicos" , disse.

De acordo com os pesquisadores, o treinamento dura dois meses e consiste em uma hora de caminhada na esteira, três vezes por semana. A intensidade do exercício será prescrita de forma individual, de acordo com uma avaliação realizada no início do programa.

Além de medidas antropométricas, como peso, altura e circunferência abdominal, a avaliação inicial inclui o monitoramento da pressão durante 24 horas. Esse exame é feito com um aparelho automático que fica preso ao braço e o paciente pode levar para casa. Também será coletada uma amostra de sangue para a análise de marcadores como nitrito e nitrato, cortisol e testosterona plasmática.

" Os teores de nitrito e nitrato no sangue refletem indiretamente a produção de óxido nítrico pelo organismo, substância que tem ação vasodilatadora e ajuda no controle da pressão" , explicou.

Já o cortisol será avaliado porque, segundo Zanesco, estudos têm apontado elevação dessa substância após a menopausa. " Como ele é o hormônio do estresse, libera mediadores que elevam a pressão arterial. Há ainda pesquisas que apontam a alteração na relação entre os níveis de estrógeno e de testosterona como a origem da hipertensão" , disse.

Após os dois meses de exercícios, homens e mulheres hipertensos e normotensos passarão por nova avaliação para ver como cada grupo reagiu ao treinamento físico.

O recrutamento de voluntários começou em março e ainda deve durar mais dois anos. Devido à limitação no número de esteiras no laboratório, o treinamento é realizado em grupos de 20 a 30 pessoas por vez. O objetivo é chegar a 120 voluntários até a segunda metade de 2014.

Os interessados em participar podem entrar em contato com os pesquisadores pelo telefone (19) 3526-4324.

Com informações da Fapesp

Fonte isaude.net

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