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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

CIOs de saúde dizem que investimentos em TI são executados conforme planejado

Realizado pela IT Mídia, o estudo “Antes da TI, a Estratégia em Saúde” apontou que 53% das instituições do setor estão executando os investimentos e iniciativas conforme o planejado, mas ainda há dificuldades para implantar as estratégias e, por isso, a TI acaba sendo percebida como um gargalo. “Isso se deve a fatores como grau de automação insuficiente, processos dependentes de pessoas, integração inadequada dos sistemas e muitas planilhas para dar conta das informações”, comenta o consultor Sergio Lozinsky, parceiro da IT Mídia na pesquisa.

Os CIOs que participaram do debate sobre este assunto no Intercâmbio de Ideias do IT Forum+ apontam, como fator de risco interno à implementação da estratégia, a resistência às mudanças. “Eventualmente, a TI não está contemplada nas macroestratégias das instituições de saúde. Esta resistência às mudanças soa como um lamento do CIO à estratégia organizacional, ainda mais do que algum tipo de restrição dos usuários”, pondera o gerente de TI do Hospital Samaritano de São Paulo, Klaiton Simão.

Entre os fatores externos de risco está a falta de mão-de-obra qualificada, apontada por 53,55% dos profissionais que responderam à pesquisa. Além disso, os executivos percebem o impacto da chegada das novas gerações ao mercado de trabalho e o impacto que a TI pode ter na captação e retenção de talentos. “A Geração Y demanda TI sob o aspecto do RH. Estas pessoas não querem se enquadrar nas regras da empresa e querem acesso às redes sociais, possibilidade de personalização do fundo de tela e do próprio local de trabalho, etc. Por isso, a TI e as políticas de uso destas ferramenas têm influência na decisão de permanecer ou não no cargo”, diz o gerente de TI do Hospital Santa Catarina, Aécio Rodrigues da Rocha.

Estratégico ou crítico?
O estudo aponta que a TI parece fazer parte dos planos estratégicos das organizações de saúde: 52% dos profissionais que responderam à pesquisa se dizem ligados à presidência, 40,79% afirmam que a instituição vê TI como estratégico e, embora busque retorno sobre os investimentos realizados, cobra de TI uma postura de inovação e aplicação de novas tecnologias que tornem os negócios mais competitivos e inovadores, e 49,01% preparam o orçamento com base na estratégia de TI em vigor e o submetem à diretoria, para aprovação e eventuais ajustes.

Na visão dos CIOs, porém, pode haver uma confusão entre o entendimento do que é estratégico e o que é crítico. “Um caso que justifica esta resposta, por exemplo, é o investimento no parque tecnológico da área de diagnóstico. O gestor não tem a intenção, mas precisa investir em TI para suportar estes equipamentos. Ele não acha que investir em TI é diferencial competitivo ou valor estratégico, mas entende que este é um recurso necessário para o dia a dia da operação”, exemplifica o diretor de TI do Hospital das Clínicas da Unicamp, Edson Kitaka.

“Em saúde, o perfil de TI é de formação técnica e não estratégica. O profissional de TI é aquele que atua no desenvolvimento e atendimento da demanda dos usuários, suporte e resolução de problemas e a distância entre o CIO e a equipe ainda é muito grande”, complementa o presidente da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), Claudio Giulliano da Costa, também parceiro da IT Mídia no estudo.

Grau de informatização
A pesquisa traz também um cenário sobre o uso de tecnologia no setor: 59,57% das organizações já implementou um ERP e possui algumas aplicações em BI, mas ainda depende de planilhas e aplicações legadas limitadas para suportar os processos do negócio.

Neste ano, 68,79% afirmam que vão comprar soluções estratégicas e, destes, 44% veem o investimento em Segurança da Informação como prioritário. A prescrição eletrônica é utilizada por 62% dos respondentes, o Prontuário Eletrônico do Paciente, por 59%, e, o sistema de apoio à decisão, por 61%.

Apesar do uso intenso destes sistemas, apenas 38% dos CIOs consideram que estas ferramentas atendem totalmente às necessidades do negócio e 45% acham que o fornecedor de TI é satisfatório para atender demandas mais urgentes, mas pouco pouco efetivo nas questões estratégicas.

Fonte SaudeWeb

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