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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Estilo de vida sedentário deve ser encarado como problema de saúde, defende especialista

Em artigo publicado no periódico The Journal of Physiology, especialista defende que a inatividade física deva ser tratada como uma questão de saúde pública. Para ele, ao invés de medicamentos, a prática de exercícios poderia ser indicada no tratamento de diversas condições médicas.

Sabe-se que o estilo de vida sedentário é um dos fatores que pode levar à obesidade que, por sua vez, é fator de risco para uma série de doenças, como diabetes, doenças cardiovasculares, pressão alta. E se a falta de exercícios fosse tratado como um problema de saúde? Para o fisiologista Michael Joyner, ela deveria ser.

“A inatividade física não afeta apenas a saúde de pacientes obesos, mas também pessoas de peso considerado normal, como pacientes imobilizados por longos períodos após ferimentos ou de cirurgias, e as mulheres em repouso prolongado durante a gravidez, entre outros”, diz Joyner. “A ausência prolongada de exercício pode fazer com que o corpo perca condicionado físico, além de gerar profundas mudanças estruturais e metabólicas: a frequência cardíaca pode aumentar excessivamente durante a atividade física, ossos e atrofia os músculos, diminuir a resistência física e declínio do volume sanguíneo”, completa.

Quando pessoas sem condicionamento tentam se exercitar, elas podem cansar rapidamente, sentir tonturas ou outros desconfortos e, então, desistir – o que apenas piora o problema. Para Joyner, aa autoridades deveriam alertar para os riscos da inatividade física, como fizeram com outras condições, como o tabagismo, por exemplo. Segundo o autor, diversas condições médicas crônicas estão associadas à baixa capacidade física, incluindo fibromialgia, síndrome da fadiga crônica e síndrome de taquicardia postural ortostática, ou POTS. A POTS é caracterizada por uma frequência que excede 120 batimentos por minuto quando, por exemplo, os pacientes sentados se levantam. A frequência cardíaca é alta, com palpitações, mas o volume de sangue bombeado a partir do coração a cada batida e o volume de sangue são baixos.

“Em um estudo realizado com pacientes com POTS, pesquisadores do Texas descobriram que três meses de exercícios podem reverter ou melhorar muitos dos sintomas. Este estudo é uma amostra de que os médicos deveriam considerar a prescrição de exercícios monitorados, mas geralmente estas condições são tratadas apenas com medicação.”

E para quem quer começar a se tornar mais ativo, Joyner recomenda que faça devagar e progressivamente. “Você não vai começar correndo uma maratona. Comece com metas alcançáveis. Não é necessário entrar em uma academia: incorpore gradativamente quanto mais atividade física for possível no seu dia a dia. Andar por 10 minutos três vezes por dia pode ser um caminho até que se atinja os 150 minutos semanais de atividade física moderada recomendados para os adultos”, finaliza.

Fonte O que eu tenho

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