Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Nanopartícula restaura fluxo de sangue no cérebro em poucos minutos

Pesquisa pode melhorar atendimento de emergência a vítimas de danos cerebrais traumáticos causados por derrame

Cientistas da Rice University, nos EUA, desenvolveram uma nanopartícula capaz de restaurar o fluxo sanguíneo no cérebro comprometido após lesões.

A pesquisa pode melhorar o atendimento de emergência a vítimas de danos cerebrais traumáticos.

Em estudos com animais, os pesquisadores descobriram que injeções de grupos de carbono hidrofílico combinado com polietileno glicol (PEG-HCC) durante o tratamento inicial após uma lesão ajudou a restaurar o equilíbrio do sistema vascular do cérebro.

Quando ocorre uma lesão traumática do cérebro, as células liberam uma quantidade excessiva de uma espécie reativa de oxigênio (ROS) conhecida como superóxido (SO) para o sangue. Superóxidos são radicais livres tóxicos que o sistema imunitário normalmente usa para matar os microorganismos invasores. Organismos saudáveis equilibram SO com superóxido dismutase (SOD), uma enzima neutralizante. Mas mesmo trauma cerebral leve pode liberar superóxidos em níveis que sobrecarregam as defesas naturais do cérebro.

"Superóxido é o mais deletério das espécies reativas de oxigênio, já que é o progenitor de muitos dos outros. Se você não lidar com isso, ele forma peroxinitrito e peróxido de hidrogênio. SO é o precursor de muitos problemas de saúde", observa o coautor James Tour.

SO afeta o mecanismo auto regulador que controla o sistema de circulação sensível no cérebro. Normalmente, os vasos se dilatam quando a pressão arterial é baixa e se contraem quando a alta para manter um equilíbrio, mas a falta de regulamentação pode levar a danos cerebrais além do que pode ter sido causado pelo trauma inicial.

Nos testes, os pesquisadores descobriram que as nanopartículas com PEG-HCC imediatamente eliminou a atividade do superóxido e permitiu que o sistema auto regulador recuperasse rapidamente seu equilíbrio.

Segundo Tour, moléculas ROS se combinam facilmente com PEG-HCCs, gerando uma extinção radical da molécula prejudicial. "Enquanto uma enzima SOD pode alterar apenas uma molécula de superóxido de cada vez, um único PEG HCC pode extinguir centenas ou milhares de superóxidos", explica o pesquisador.

"Esta é uma das descobertas mais notáveis e eficazes que já vimos. Literalmente em poucos minutos após injetar a nanopartícula, o fluxo sanguíneo cerebral está de volta ao normal, e nós podemos mantê-lo assim com apenas uma injeção simples. No fim, temos normalizados os radicais livres, preservando o óxido nítrico, essencial para a auto regulação", explicam os autores.

A equipe destaca que as nanopartículas como estão sendo testadas não apresentaram sinais de toxicidade, mas ressaltam que novos testes são necessários para comprovar a eficácia da técnica.

Segundo os pesquisadores, a descoberta tem implicações para vítimas de derrame, bem como pacientes de transplante de órgãos.

Fonte isaude.net

Nenhum comentário:

Postar um comentário