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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Dança dos hormônios está por trás da dificuldade para emagrecer

Resistência a substâncias como a leptina aumentam a fome e causam aumento de peso

A descoberta do hormônio irisina no começo deste ano foi um marco no mundo da medicina. A substância, produzida pelas células musculares, é capaz de acelerar o metabolismo de um tipo de tecido adiposo, aumentando o gasto energético do corpo, o que leva, consequentemente, à perda de peso. Mas, por enquanto, o efeito só pode ser comprovado em camundongos graças a um estudo conduzido pela Harvard University, nos Estados Unidos.

Para o endocrinologista Henrique Suplicy, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a novidade é promissora, mas ainda depende de muitas pesquisas para, quem sabe, começar a ser usada em pessoas acima do peso. Enquanto o sonho não se concretiza, listamos abaixo os sete principais hormônios ligados ao ponteiro da balança. Saiba como se dá sua ação e quais condições podem inibir sua produção.
 
Homem abrindo a geladeira - Foto Getty ImagesLeptina, o hormônio da fome
"Produzida no tecido adiposo, a leptinaleptina é um hormônio que inibe o apetite", aponta a endocrinologista Glaucia Carneiro, do ambulatório de obesidade da Unifesp. Ela é constantemente liberada no organismo, por isso não tem qualquer relação com a ingestão de alimentos. Em pessoas com obesidade, entretanto, o hormônio não consegue exercer seu papel. "Embora pessoas com esta condição produzam mais leptina, há resistência do organismo sobre sua ação, fazendo com que o paciente esteja sempre com fome", complementa.
 
Mulher comendo macarrão - Foto Getty ImagesInsulina, o xerife do apetite
Basicamente, o papel da insulina é diminuir o apetite e baixar a glicemia, ou seja, retirar o açúcar do sangue. Mas a função deste hormônio produzido no pâncreas pode ser comprometida com uma dieta desregrada. "O aumento da oferta de glicose no sangue estimula a produção de insulina, mas com o ganho de peso decorrente da ingestão excessiva de comida, o organismo desenvolve resistência à ação desse hormônio", afirma a especialista Glaucia.
 
Mulher comendo sanduíche - Foto Getty ImagesCCK, o regulador do apetite
"O hormônio colecistoquinina (CKK) é uma substância produzida no estômago e um dos sinalizadores que avisa o cérebro de que você está satisfeito", afirma o endocrinologista Henrique. Ele é liberado pouco tempo depois que você começa a comer. Mas, ao mesmo tempo em que é produzido, é destruído, fazendo com que certo tempo depois você sinta fome novamente.
 
Homem comendo cereal - Foto Getty ImagesGrelina, o inimigo do jejum
A grelina é um hormônio que estimula o apetite. "Quanto maior o tempo de jejum, maior a produção desse hormônio", afirma a endocrinologista Glaucia. Ela começa a diminuir assim que você começa uma refeição. Em pessoas com obesidade, entretanto, há uma produção exagerada dessa substância, o que faz com que ela esteja sempre com fome. O endocrinologista Henrique complementa dizendo ainda que o hormônio é diretamente afetado pela realização da cirurgia bariátrica. "O procedimento retira o fundo gástrico, parte do estômago responsável pela produção de grelina, o que diminui a fome", diz.
 
Mulher comendo pimenta - Foto Getty ImagesTiroxina, o maestro do metabolismo
Hormônio da tireoide, a tiroxina atua no nosso metabolismo. "É ela quem dá o ritmo para aumentar ou diminuir o gasto energético", afirma o endocrinologista Henrique. Segundo ele, o equilíbrio desta substância no organismo é fundamental. Isso porque a falta (hipotireoidismo) ou o excesso (hipertireoidismo) podem trazer complicações, como insuficiência cardíaca ou infarto.
 
Mulher comendo salada - Foto Getty ImagesGLP1, mais saciedade
O Glucagon-like peptide-1 ou GLP1 pode soar como um hormônio completamente novo, mas você provavelmente o conhece graças ao Victoza. Não é à toa que este medicamento, originalmente indicado para o tratamento do diabetes, seja receitado para pessoas que queiram emagrecer. "O GLP1, produzido no final do intestino, é responsável pela sensação de saciedade", afirma a endocrinologista Glaucia. Segundo a especialista, ele é naturalmente liberado no organismo 20 minutos depois do início da refeição. Por isso, uma característica comum de quem come rápido é sempre comer mais do que o necessário.
 
Mulher comendo bolo - Foto Getty ImagesEndorfina, mais prazer nas refeições
A endorfina é responsável pela sensação de bem-estar e sua produção é estimulada principalmente pela ingestão carboidratos, afirma a especialista Glaucia. "Por isso muitas pessoas ficam tentadas a comer quando estão se sentindo deprimidas". O desejo de comer doces, especificamente, acontece porque esse tipo de alimento é rapidamente absorvido pelo organismo, ao contrário de uma massa, por exemplo.
 
Fonte Minha Vida

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