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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Tinta de tatuagem contaminada deu origem a surto de infecção nos EUA

Um surto de tatuagens infectadas do ano passado nos EUA levou a uma fonte improvável: a tinta. É o que diz um estudo lançado pelo "New England Journal of Medicine" nesta quarta-feira (22).

Com a crescente popularidade das tatuagens, as autoridades de saúde dizem que estão indentificando mais casos de uma infecção da pele causada por uma micobactéria.

No maior surto de 2011, 19 pessoas em Rochester, no estado americano de Nova York, tiveram erupções de bolhas em suas novas tatuagens.

No total foram 22 casos confirmados e mais de 30 casos suspeitos da infecção da pele, nos estados do Colorado, de Iowa, Nova York e Washington, segundo as autoridades de saúde.

Infecções em tatuagem não são novidade. Hepatite, infecções por estafilococos entre outras foram ligadas às tatuagens. Agulhas não esterelizadas e condições insalubres são muitas vezes a causa.

Mas todos os casos de Nova York estavam ligados a um tatuador que usava luvas descartáveis e esterilizava seus instrumentos. O problema, os pesquisadores concluíram, estava na tinta ou na água usada para a sua diluição.

"Mesmo se você receber uma tatuagem de um estabelecimento que faz tudo certo, não está livre de riscos", disse o Byron Kennedy, vice-diretor do departamento de saúde de Nova York e autor principal da pesquisa.

Micobactérias
As doenças foram causadas por um primo de bactérias da tuberculose denominado Mycobacterium chelonae.

A bactéria pode causar coceira e bolhas dolorosas cheias de pus que podem levar meses para passar. O tratamento envolve antibióticos fortes com efeitos colaterais desagradáveis.

As bactérias são comuns em água de torneira e foram identificadas no passado, quando tatuadores usaram água contaminada para clarear tinta escura. A tinta usada em Nova York foi a "gray wash" (lavagem cinza), usada para áreas sombreadas de imagens tatuadas. A tinta foi retirada do mercado nos EUA.

Empresas que fazem os pigmentos às vezes usam água destilada para diluir a tinta.

Mas essas bactérias podem sobreviver à destilação também, disse Tara MacCannell, que conduziu a investigação ligada aos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.

Mesmo o álcool não mata algumas variantes dessa micobactéria.

Os investigadores encontraram a bactéria em frascos de tinta abertos e fechados no salão do tatuador de Nova York.

Autoridades de saúde dizem que os clientes de tatuadores devem perguntar que tipo de tinta está sendo usado e se estão em vigor medidas higiênicas para prevenir infecções.

Fonte Folhaonline

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