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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Dentes: Mitos e verdades sobre o tratamento de canal

A cárie dentária é a principal causa do problema, que nos casos agudos provoca dor incessante,
mesmo com o uso de analgésicos
 
 
Quando o assunto é tratamento odontológico quase sempre a reação provocada é medo. Esse receio já faz parte da história da odontologia e não é diferente quando o problema é tratamento de canal.
 
Tecnicamente nomeada de Endodontia, a especialidade é uma das mais procuradas na atualidade. O tratamento de canal é necessário quando a polpa dentária é atingida e geralmente acontece quando existe processo avançado de cárie. Problemas dentários repetidos, trincas e fraturas também podem ocasionar danos à polpa dentária. O procedimento consiste na remoção da polpa, composta por nervos e vasos presentes no interior do dente, e sua substituição por uma pasta obturadora compatível, em dentes de leite, e por cones de um material chamado guta percha (semelhante à borracha) em dentes permanentes.

O método pode salvar muitos dentes que no passado eram condenados à extração. “Esse procedimento pode ser rápido, principalmente se o dente não estiver infectado, ou seja, sem a presença de bactérias no local. Já quando existe pus, hemorragia ou tumefação, os tratamentos podem durar duas ou mais consultas”, explica o Dr. Thiago Vitelli Vasco dos Santos, especialista em Endodontia da Odontoclinic.

Principais sintomas
Diversos são os sinais que podem indicar a presença de problemas endodônticos. Esses indícios geralmente são acompanhados de dor persistente, que pode ser espontânea ou ocasionada por estímulos (como, por exemplo, ao beber água gelada). Essa dor geralmente não cessa nem com o uso de analgésicos. Dificuldade de mastigação e sensação de aumento da pressão dentro do dente também são sintomas comuns. No entanto, casos em que a pessoa convive com o problema sem nenhum sintoma aparente também existem, sendo necessária a realização de radiografias para detectar o problema.

A ausência de tratamento pode levar a dores no local, inchaços, abscessos, problemas sistêmicos e até a perda do dente. “Muitas são as justificativas que impedem as pessoas de procurar o tratamento adequado. O medo de sentir dor faz com que a pessoa opte pela extração do que por tratar o canal em dentes que poderiam facilmente ser salvos. É uma pena”, completa o especialista da Odontoclinic.

Tratamento
Com o uso de anestesia o tratamento de canal é, na maioria dos casos, indolor. Pode haver certo desconforto, o que é normal em um tratamento endodontico, pela necessidade de manter a boca aberta por um longo período de tempo. É feito em várias etapas, dependendo do caso. Primeiramente, é realizada a abertura no dente e, em seguida, é feita a remoção da polpa inflamada (pulpectomia). O espaço pulpar e os canais são esvaziados, alargados e limados, em preparação para o seu preenchimento com cones biocompativeis chamado de guta-percha. “Em caso de dentes infeccionados é realizado um procedimento chamado de penetração desinfectante, onde visa eliminar os microorganismos, dentro do canal com uso de hipoclorito de sódio, sendo em seguida realizado o alargamento e a limagem dos canais. Nos casos em que se faz necessária mais do que uma visita, é colocada uma restauração temporária na abertura da coroa, a fim de proteger o dente no intervalo das visitas”, explica Dr. Thiago Vitelli Vasco dos Santos.

O passo seguinte é o preenchimento permanente da cavidade da polpa e canal. Um material em forma de cone (flexível) é inserido em cada um dos canais e geralmente selado em posição com um cimento apropriado. Em alguns casos um pino de fibra de vidro ou metal é colocado no canal para se conseguir maior resistência. Somente são colocados pinos metalicos ou de fibra de vidro, se ha necessidade ou indicação de realizar protese sobre o elemento. A etapa final consiste na colocação de uma coroa sobre o dente para lhe conferir uma aparência natural.

Como evitar
De acordo com o especialista, o principal fator que leva ao tratamento de canal é a presença de processos avançados de cáries. Por isso a importância de uma boa assepsia bucal. “Por natureza, a boca humana abriga cerca de 560 espécies de microorganismos, mas com uma boa higiene eles não chegam a incomodar. Já a má escovação faz com que esses microorganismos se multipliquem causando cáries e placa dentária”, ressalta o especialista. É fundamental a escovação dos dentes três vezes ao dia usando um creme dental com flúor para remoção da placa bacteriana. Esse cuidado, além de evitar cáries também evita outros problemas como a gengivite. Usar fio dental diariamente também é importante para remover a placa bacteriana que se instala entre os dentes e sob a gengiva. Quando a placa não é retirada ela endurece e dá origem ao tártaro, ou cálculo dental, este só pode ser removido pelo dentista.

O especialista em Endodontia da Odontoclinic, Dr. Thiago Vitelli Vasco dos Santos, destaca abaixo alguns mitos e esclarece verdades sobre tratamentos de canal:

Mito: Tratamento de canal enfraquece os dentes.

Verdade: O dente que foi submetido ao tratamento de canal é considerado desvitalizado, o paciente nunca mais deve sentir dor ou sensibilidade ao quente e frio neste elemento.

Verdade: O tratamento de canal consiste na remoção da polpa dental, uma estrutura viva que contém, entre outros elementos, nervos e vasos sangüíneos. No entanto, externamente, o dente é envolvido pelos ligamentos periodontais, um ligamento vivo que permite que o dente continue a executar suas funções sem nenhuma perda ou dano.

Verdade: O dente que necessita de um tratamento de canal se encontra enfraquecido pela perda da estrutura dental, causada, geralmente, pela cárie profunda.

Mito: Para o tratamento de canal são necessários muitos dias.

Verdade: O tratamento de canal pode ser realizado em poucas consultas, principalmente se o dente não estiver infectado, ou seja, sem a presença de bactérias no local. Quando existe presença de pus, hemorragia ou tumefação, os tratamentos exigem maior número de consultas.

Fonte: verdadementira.com.br

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