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terça-feira, 16 de outubro de 2012

Câncer provocou perda de 170 milhões de anos de vida saudável em 2008

Doença custou mais tempo de vida saudável aos homens do que às mulheres
 
O câncer foi responsável pela morte de 7,6 milhões de pessoas em 2008, provocando a perda de quase 170 milhões de anos de vida saudável, informou a revista médica britânica "The Lancet".
 
Este é o primeiro estudo que mede quanto tempo de vida saudável foi perdida no mundo por culpa do câncer, a partir do cálculo dos anos de incapacidade que a doença causou e os anos perdidos pela morte prematura dos pacientes.
 
No total, o câncer custou mais tempo de vida saudável aos homens do que às mulheres, com até 6% de diferença. Os grupos mais prejudicados foram as mulheres de países do leste da África, como Uganda, Zimbábue e Zâmbia, e os homens da Hungria e Uruguai.
 
Os cânceres que exigiram mais tempo foram o de cólon, pulmão, mama e próstata, diagnosticados em sua maioria na Ásia e Europa, segundo os resultados deste estudo que contou com dados de 184 países.
 
Depois, foi a vez dos cânceres causados por infecções virais, como os de fígado, estômago e colo do útero, mais frequentes na África Subsaariana e no Sudeste asiático, explicou a Dra. Isabelle Soerjomataram, da Agência Internacional para a pesquisa sobre o Câncer de Lyon (França).
 
O trabalho ressalta também que a melhora dos tratamentos contra tumores com pior previsão como o de pulmão, estômago, fígado ou pâncreas, quase não traduziu em um aumento da taxa de sobrevivência dos pacientes, por isso que os especialistas recalcaram, de novo, a importância da prevenção.
 
Nos países mais pobres, o câncer representa, além disso, "uma barreira para seu desenvolvimento sustentável", afirmou Freddie Bray, um dos co-autores do artigo, que disse que a situação piorará nos próximos anos se as medidas de controle forem ignoradas.
 
Os últimos prognósticos, que incorporam variáveis como o crescimento da população e o aumento da esperança de vida, indicam que em 2030, os casos de câncer no mundo todo chegarão a 21,4 milhões e 3/4 deles serão diagnosticados em países de baixa e média renda.
 
Fonte R7

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