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terça-feira, 16 de outubro de 2012

Você fez seu check-up esse ano? Veja a importância

Frases como “para que ir ao médico se não sinto nada?” ou então “quanto mais se procura, mais acha, melhor ficar quieto” são comuns de se ouvir de pessoas de diversos níveis de instrução e em diferentes ambientes. Mas fugir de um check-up, inventando desculpas por medo de ir ao médico ou achando que só se deve procurar um profissional quando uma condição de saúde se instala é um erro.
 
Prevenir o aparecimento de doenças ou saber de antemão que algo não vai bem é a melhor forma de se proteger e não ser pego de surpresa em um quadro agravado, quando o tratamento precisará ser mais impactante ou mesmo levar à morte.
 
“Para a maioria das doenças – até mesmo as mais graves –, o diagnóstico precoce pode ser a diferença entre o controle da situação, feito de forma mais branda, e um tratamento muito complexo que exige afastamento das rotinas diárias, por exemplo. Exames como o papanicolau, a mamografia, o exame de antígeno prostático específico e a colonoscopia podem detectar precocemente tumores de colo de útero, mama, próstata e intestino, respectivamente. Todas essas condições podem não ter sintomas específicos e com sinais claros, mas o diagnóstico e tratamento precoces podem trazer a saúde de volta rapidamente”, explica Danielli Haddad, cardiologista do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
 
A especialista lembra, por exemplo, que atualmente a principal causa de morte são doenças cardiovasculares, sendo que 80% das causas de infarto são conhecidas e a maioria pode não se refletir em sintomas muito claros. “Pressão alta, colesterol alto ou mesmo diabetes são quadros que só dão sinais quando já estão muito alterados, ou seja, já estão comprometendo radicalmente o estado do indivíduo e colocando-o em risco de morte”, alerta Haddad.
 
De acordo com a cardiologista, não é preciso sentir algo para procurar avaliação médica. Muito pelo contrário, exames de saúde feitos de forma preventiva – o chamado check-up – é a melhor maneira de manter o organismo em perfeito funcionamento e as preocupações emergenciais fora da agenda.
 
Abaixo, Danielli Haddad responde algumas questões sobre a importância de identificar e prevenir as doenças que podem comprometer sua saúde e interferir na sua rotina e na de sua família.
 
O que e um check-up?
Trata-se de uma avaliação médica de rotina, para indivíduos assintomáticos (sem sintomas aparentes). De acordo com idade, sexo, além de histórico pessoal e familiar, são realizadas medidas para diagnóstico precoce e prevenção de doenças. Os cuidados vão desde indicação de vacinas, orientação sobre dieta saudável, atividade física, aconselhamento e tratamento para parar de fumar, até cuidados maiores sobre investigação de doenças que possam ser passíveis de prevenção e cura se forem diagnosticadas precocemente (como o caso dos cânceres e de doenças do coração).
 
Quando devemos iniciar estas avaliações e de quanto em quanto tempo?
O teste do pezinho já é nosso primeiro check-up. De acordo com nossa idade, temos estratégias de avaliações para checar se tudo está bem, feito por profissionais especializados: nos primeiros anos, é o pediatra o grande responsável por isso. Na fase adulta é a vez do clínico geral e acima de 60 anos, os médicos geriatras é que estão atentos às pistas de alteração na nossa condição de saúde.
 
Quem se deve procurar?
O seu médico de confiança, de preferência um clínico geral que vai ter uma visão ampla dos problemas que podem estar se instalando. De acordo com seu histórico médico e exames físicos iniciais, ele poderá direcioná-lo aos especialistas, caso veja necessidade.
 
Quais exames precisam ser feitos?
Alguns exames – os exames de rotina – devem ser feitos mesmo que pessoas não sintam nada. A lista desses exames de rotina vai variar de acordo com sexo e idade. O papanicolau, por exemplo, é importante para avaliar a saúde de mulheres com vida sexual ativa. Já a mamografia deve ser adicionada à lista de exames periódicos a partir dos 40 anos de idade. Claro que poderá ser mais precoce de acordo com avaliação médica.
 
No caso da dosagem de colesterol, o fator determinante é o histórico familiar. Filhos de pais com colesterol alto já começam sua avaliação aos 10 anos de idade. Mas independentemente desse histórico – indivíduos sem antecedentes – o exame é obrigatório a partir dos 20 anos de idade.
A densitometria óssea – que no caso das mulheres em idade de menopausa é um exame regular – passa a ser obrigatória em homens e mulheres acima dos 65 anos.
 
Já o teste ergométrico é importante para analisar a saúde do coração em pessoas acima de 35 anos e que fazem exercícios, ou com idade acima dos 40 anos, independentemente de fazer ou não exercícios (caso de homens) e acima dos 50 anos (no caso das mulheres).
 
“Visitar seu médico periodicamente, realizar dieta equilibrada, estar com peso adequado, evitar os hábitos tabagistas, realizar atividades físicas regulares e estar em dia com as vacinas – como as vacinas para as gripes sazonais, no caso dos idosos, por exemplo – são regras básicas para começar a lição de casa para uma vida mais saudável”, finaliza Haddad.
 
Fonte O que eu tenho

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