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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Enxerto de células-tronco no cérebro restaura impulsos nervosos

Pesquisa realizada com bebês doentes mostra que células estaminais são capazes de ativar a produção de mielina pelo cérebro
 
Cientistas da Universidade da Califórnia, nos EUA, descobriram que células-tronco neurais enxertadas nos cérebros de pacientes conseguiram produzir mielina.
 
A pesquisa realizada com bebês mostra que o enxerto é capaz de restaurar impulsos nervosos no cérebro de pacientes e é seguro um ano após ser colocado no cérebro.
 
"Pela primeira vez temos provas de que o transplante de células-tronco neurais é capaz de produzir novas doses de mielina em pacientes com uma doença grave que causa desmielinização. Também vimos ganhos modestos na função neurológica, e enquanto esta não pode necessariamente ser atribuída à intervenção da pesquisa porque este foi um ensaio não controlado com um pequeno número de pacientes, os resultados representam um primeiro passo importante que apoia mais testes desta abordagem como um meio para tratar a patologia fundamental no cérebro destes doentes", afirma o líder da pesquisa Nalin Gupta.
 
Para o estudo, os pesquisadores injetaram células-tronco neurais diretamente no cérebro de quatro bebês com uma condição conhecida como doença de Pelizaeus-Merzbacher (PMD).
 
Em PMD, um defeito genético herdado impede que as células do cérebro chamadas oligodendrócitos produzam mielina, um material que isola a substância branca que serve como um condutor para os impulsos nervosos através do cérebro.
 
Sem o revestimento de mielina, a substância branca sofre um tipo de curto-circuito e não é capaz de propagar corretamente os sinais nervosos, resultando em disfunção neurológica e neurodegeneração.
 
A doença é mais comum entre os homens, os pacientes com início precoce de PMD ficam incapazes de andar ou falar, e apresentam, na maioria das vezes, dificuldade para respirar e passam por deterioração neurológica progressiva, levando à morte entre as idades de 10 e 15 anos.
 
A esclerose múltipla e certas formas de paralisia cerebral também se caracterizam por danos nos oligodendrócitos e em desmielinização subsequente.
 
Antes e após os procedimentos de transplantes em crianças com PMD, que foram realizadas entre 2010 e 2011, os pacientes passaram por exames padrão neurológicos e avaliações de desenvolvimento, além de se submeterem a ressonância magnética (MRI) para avaliar a quantidade de mielina.
 
Os pesquisadores encontraram evidências de que as células-tronco obtiveram sucesso ao serem enxertadas no cérebro, possibilitando a ele receber sangue e nutrientes do tecido circundante.
 
Segundo os pesquisadores, este achado foi particularmente significativo porque as células não eram células-tronco dos próprios pacientes e não causaram rejeição.
 
Os investigadores descobriram ainda evidências indiretas de que as células-tronco se tornaram oligodendrócitos e estavam produzindo mielina. "Não há nenhuma maneira não invasiva para testar isso definitivamente, mas nossos resultados de MRI sugerem mielinização nas regiões que foram transplantadas", observa o pesquisador David H. Rowitch.
 
Fonte isaude.net

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