O primeiro olho biônico foi implantado na Austrália |
Com as novas drogas e técnicas cirúrgicas é possível controlar não apenas o
glaucoma, como outras doenças graves que podem provocar a cegueira, entre as
quais a retinopatia diabética, a degeneração macular e a catarata, “cuja
cirurgia por meio de ultrassom é padrão ouro, atualmente”.
Em entrevista pelo Dia Mundial da Visão, comemorado ontem (11), o presidente
do CBO prevê que a grande novidade será o olho biônico, que poderá devolver a
visão a quem perdeu totalmente a capacidade de enxergar. Ele acredita que a
tecnologia se tornará rotineira “no máximo em 20 anos”, de acordo com o avanço
das pesquisas feitas atualmente.
O olho biônico utiliza uma câmera de vídeo para enviar ao cérebro as imagens
captadas por eletrodos que o paciente pode ter instalados até na língua. Uma
experiência recente, realizada na Austrália, comprova a afirmação do Dr. Rey de
Faria.
O Bionic Vision Australia (BVA), consórcio financiado pelo governo, implantou
o "protótipo preliminar" de um olho robótico em uma mulher com perda hereditária
da visão provocada por retinite pigmentosa degenerativa, um tipo de degeneração
da retina que leva à perda da visão e não tem cura.
Descrito como um "olho pré-biônico", o minúsculo aparelho com 24 eletrodos
foi colocado sobre a retina de Dianne Ashworth e enviou impulsos elétricos para
estimular as células nervosas de seus olhos. Ela descreveu a assim a
experiência: “Eu não sabia o que esperar, mas de repente consegui ver um pequeno
clarão. A cada estímulo, surgia uma forma diferente diante dos meus olhos".
Penny Allen, o cirurgião que implantou o aparelho, descreveu-o como o
primeiro do mundo. O dispositivo de Ashworth só funciona quando está conectado
dentro do laboratório e o presidente do BVA, David Penington, disse que seria
usado para explorar como as imagens são "construídas" pelo cérebro e pelo olho.
Fonte Agência Brasil
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