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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Leishmaniose


Definição
A leishmaniose é uma doença parasitária transmitida pela picada do mosquito pólvora.
 
Causas, incidência e fatores de risco
Existem diferentes formas de leishmaniose:
 
- A leishmaniose cutânea afeta a pele e as membrana da mucosa. As úlceras cutâneas geralmente começam no local da picada do mosquito pólvora. Elas podem durar meses ou anos antes de cicatrizarem por conta própria. Em algumas pessoas, as úlceras podem se desenvolver em membranas da mucosa
 
- A leishmaniose visceral ou sistêmica atinge o corpo todo. Essa forma ocorre de dois a oito meses após a picada do mosquito pólvora. A maioria das pessoas não se lembra da ulceração. Esse tipo de leishmaniose pode resultar em complicações fatais. Os parasitas prejudicam o sistema imunológico reduzindo o número das células de defesa
Há relatos de casos de leishmaniose em todos os continentes, exceto na Oceania e na Antártida. Nas Américas, a leishmaniose pode ser encontrada no México e na América do Sul. Há relatos de leishmaniose em militares que retornaram do Golfo Pérsico.
 
Sintomas
 
A leishmaniose cutânea atinge a pele e, por vezes, as membrana da mucosa. Os sintomas podem incluir:
  • Feridas cutâneas, que podem se transformar em úlceras com cicatrização lenta
  • Úlceras e desgastes (erosão) na boca, na língua, nas gengivas, nos lábios, no nariz e nas narinas.
  • Congestão, corrimento e sangramento nasal
  • Dificuldade para respirar
  • Dificuldade de engolir
A infecção visceral sistêmica em crianças começa geralmente com vômitos, diarreia, febre e tosse.

Os adultos costumam ter febre de duas semanas a dois meses, junto com sintomas como fadiga, fraqueza e perda de apetite. A fraqueza aumenta conforme a doença se agrava.
 
Outros sintomas de leishmaniose visceral sistêmica podem incluir:
  • Desconforto na região abdominal
  • Tosse (em crianças)
  • Diarreia (em crianças)
  • Febre cíclica que dura por semanas
  • Sudorese noturna
  • Pele acinzentada, escamosa, escura e pálida
  • Queda de cabelo
  • Vômito (em crianças)
  • Perda de peso
Exames e testes
Um exame físico pode mostrar sinais de aumento no baço, no fígado e nos linfonodos. O paciente pode ter sido picado por mosquitos pólvora ou ter passado por uma região onde há leishmaniose.
 
Os testes que podem ser realizados para diagnosticar esta doença incluem:
  • Biópsia do baço e cultura
  • Biópsia da medula óssea e cultura
  • Ensaio de aglutinação direta
  • Teste indireto de imunofluorescência para anticorpo
  • Biópsia de linfonodos e cultura
  • Teste de Montenegro
  • Biópsia cutânea
Outros testes que podem ser realizados incluem:
  • Hemograma completo
  • Níveis séricos de imunoglobulina
  • Proteína sérica
  • Albumina sérica
  • Teste serológico
 
Tratamento
Medicamentos chamados de compostos de antimônio são as principais drogas usadas para tratar a leishmaniose. São elas:
  • Antimoniato de meglumina
  • Estibogluconato de sódio
Outros medicamentos que podem ser usados:
  • Anfotericina B
  • Fluconazol
  • Pentamidina
Pode ser necessária cirurgia plástica para corrigir a desfiguração resultante das lesões na face (leishmaniose cutânea). Em pacientes com leishmaniose viral resistente aos medicamentos pode ser necessário remover o baço (esplenectomia).
 
Evolução (prognóstico)
Com os medicamentos adequados, o índice de cura é alto. Os pacientes devem ser tratados antes que o sistema imunológico seja danificado. A leishmaniose cutânea pode causar desfiguração.
Normalmente, a morte é causada por complicações (outras infecções, por exemplo) e não pela doença em si. O óbito em geral ocorre dentro de dois anos.
 
Complicações
  • Infecções fatais decorrentes de danos ao sistema imunológico
  • Desfiguração da face
  • Sangramento (hemorragia)
 
Ligando para o médico
Procure um médico se você apresentar sintomas de leishmaniose depois de visitar uma região onde há a incidência dessa doença.
 
Prevenção
A forma de proteção mais imediata é a prevenção contra as picadas do mosquito pólvora.
 
É possível se proteger de picadas com:
  • Uso de repelente
  • Uso de roupa protetora
  • Janelas com rede
  • Mosquiteiros para a cama, em regiões onde a doença acontece
As medidas de saúde pública para reduzir a população do mosquito pólvora e os reservatórios animais são importantes. Não há vacinas ou medicamentos preventivos para a leishmaniose.
 
Referências
Jeronimo SMB, DeQueiroz-Sousa A, Pearson RD. Leishmaniasis. In: Goldman L, Ausiello D, eds. Cecil Medicine. 23rd ed. Philadelphia, Pa: Saunders Elsevier;2007:chap 369.
 
Fonte iG

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