Lima, 18 out (EFE).- O presidente da Federação Médica Peruana (FMP), César Palomino, pediu nesta quinta-feira a renúncia da ministra da Saúde, Midori de Habich, por sua suposta incapacidade de reverter a greve de seus filiados, que já dura um mês.
Anteriormente, a greve dos médicos filiados ao Ministério da Saúde (Minsa) chegou a ser qualificada como "chantagem" e "extorsão" por parte do ministro da Economia, Luis Miguel Castela. Palomino assinalou que as conversas com o Executivo foram suspensas e pediu a intervenção do presidente do Conselho de Ministros, Juan Jiménez, para buscar um diálogo mais direto. "A solução está no Ministério da Economia e na Presidência do Conselho de Ministros...
O Ministério da Saúde não é um bom interlocutor, já que não trasmite as mensagens de maneira adequada", disse o presidente da FMP à emissora "Canal N".
A ministra da Saúde do Peru, por sua vez, anunciou hoje que os trabalhadores administrativos de seu setor não vão se unir à greve porque conseguiram alcançar um acordo. Na última quarta, o vice-ministro da Saúde, José do Carmen Sara, declarou que os pacientes afetados pela greve poderiam ser transferidos a outros hospitais, enquanto os médicos que interromperam suas atividades teriam um desconto de seus sálarios.
Segundo Palomino, "a greve nacional indefinida está sendo acatada em todo o território da República" e os médicos são conscientes dos possíveis cortes salariais.
"O tema dos descontos será abordado com o novo ministro da Saúde. Não há por que fazer esse desconto aos colegas, e a federação vai defendê-los", declarou Palomino.
Segundo estimativas da FMP, a paralisação dos médicos já afetou mais de 50 mil cirurgias e procedimentos durante o último mês.
Fonte R7
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