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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Obstetra analisa e indica prós e contras de oito tipos de parto

Parto normal
Parto nomal e cesárea são mais comuns, mas outras seis maneiras podem ser caracterizadas
 
Parto normal e cesárea são as duas principais maneiras de dar a luz no Brasil, mas outros seis tipos podem ser caracterizados de acordo com técnicas e medicamentos usados, além do lugar onde se escolhe para o nascimento. Para decidir qual parto escolher, recomenda-se que a gestante consulte seu obstetra, que irá analisar a melhor e mais segura alternativa para a mãe e o bebê.
 
Normalmente, as gestantes optam pela cesárea ou parto normal em ambiente hospitalar. Ainda assim, na hora do nascimento do bebê, isso pode ser alterado, pois tudo vai depender das condições em que se encontram a mãe e seu bebê — afirma o ginecologista e obstetra Domingos Mantelli Borges Filho.
 
A seguir, ele analisa oito tipos de parto, destacando pontos positivos e negativos de cada um deles. Confira:


Parto normal
É a forma mais convencional do bebê nascer. O procedimento pode ser realizado com analgesia, que ajuda a controlar a dor. Além disso, é possível acompanhar o ritmo cardíaco da mãe e do bebê, e o parto pode ser estimulado com medicamentos.
 
Benefícios: A recuperação pós-parto é mais rápida.

O parto normal facilita a respiração do bebê já que a compressão do tórax dele ao passar pelo canal vaginal faz com o que o líquido amniótico seja expulso dos pulmões do neném — conta o médico.
 
Malefícios: A dor é a principal desvantagem, pois a gestante tem de fazer muito esforço para que o bebê nasça. Muitas vezes, o médico necessita fazer um pequeno corte na região muscular entre a vagina e o ânus, para auxiliar a passagem do bebê.

Parto natural
É a maneira mais natural do bebê nascer. Sem anestesia e indução. A mulher sofre as dores do parto e o médico pode proceder à ruptura da bolsa para que o parto se desenvolva mais depressa.
 
Benefícios: O ritmo e o tempo da mulher e do bebê são respeitados e ela tem liberdade para se movimentar e encontrar a posição mais confortável. A recuperação é rápida. Os riscos de infecções hospitalares também são bem menores.
 
Malefícios: Como não existe intervenção médica, a mulher pode sentir dores muito fortes.

Parto Cesárea
Consiste em uma cirurgia em que o médico faz uma pequena incisão no abdome e na parte inferior do útero para retirar o bebê. O procedimento é feito com raquianestesia.
 
Benefícios: Rápido, com hora marcada, sem sentir dores ou contrações. Permite que a família inteira se programe para o nascimento.
 
Malefícios: É uma cirurgia invasiva e a cicatrização é mais demorada, podendo ocorrer a formação de queloides ou hérnias. Entre todos os partos, a cesariana é a que apresenta a recuperação mais difícil, por ser bem mais lenta e dolorida.

Parto de Cócoras
O parto acontece na posição de cócoras, e o bebê deve estar de cabeça para baixo. A posição conta com a ajuda da gravidade e intensifica a eficiência das contrações e o esforço da mãe, acelerando o procedimento.
 
Benefícios: A recuperação é rápida, sendo indicado para mulheres que tiveram uma gravidez saudável, sem problemas de saúde como hipertensão por exemplo. Além disso, a mulher não necessita de medicamentos para aliviar a dor, pois os movimentos são livres.
 
Malefícios: A desvantagem é que, caso ocorra alguma complicação, o médico não consegue controlar o parto, tendo muitas vezes que correr para uma cesariana.

Parto Leboyer
Caracterizado como um parto sem violência, o médico massageia as costas dos bebês para abrir os pulmões. O bebê nasce por parto normal, o ambiente para o nascimento requer baixa luminosidade e pouco som na sala, para não incomodar. No parto Leboyer, o objetivo é atenuar, ao máximo, a diferença entre o útero da mãe e o ambiente externo.
 
Benefícios: Não é muito usual no Brasil. Indicado apenas em casos de gestação tranquila, sem complicações.
 

Malefícios: Recuperação pode variar de 15 a 20 dias.

Parto na água
O bebê sai suavemente da barriga da mãe para a água quente. O parto deve ser feito em uma banheira com água na temperatura corpórea (37º C), cobrindo toda a barriga.
Benefícios: Indicado para gestantes que tiveram uma gravidez tranquila, sem complicações. É menos traumático para a mãe e o bebê.
Malefícios: Há mais riscos de infecção, como maior dificuldade em conter qualquer tipo de laceração ou sangramentos. A recuperação varia de 15 a 20 dias.

Parto humanizado
Realizado na residência, de forma mais natural, sem grandes intervenções. Há uma polêmica em torno da segurança desse tipo de parto. Por isso, só deve ser feito por gestantes que tiveram gravidez tranquila e sem riscos.
 
Benefícios: Melhora a qualidade da amamentação. Beneficia maior vínculo afetivo.
 
Malefícios: É feito sem recursos hospitalares.

Parto sem dor
Consiste na aplicação de anestesia peridural, que anula apenas as dores do parto. Porém, as contrações se mantêm.
 
Benefícios: Exige preparação durante o pré-natal para que a mãe aprenda técnicas ginásticas ou respiratórias, que visam prepará-la fisicamente, psicologicamente e emocionalmente para o momento do parto.
 
Malefícios: Pode significar situação de risco para mulheres que sofrem de insuficiência cardíaca.
 
Fonte Zero Hora

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