Rio Grande do Sul está em nono lugar no ranking nacional de hospitalizações por
quedas
Quedas são a principal causa de internações de crianças e adolescentes até 14
anos por lesões acidentais no Brasil. No Rio Grande do Sul, em 2010, foram 3.455
hospitalizações em casos do tipo, conforme dados do Ministério da Saúde. Isso
coloca o Estado em nono lugar no ranking nacional, com uma taxa de 154,96 casos
para cada 100 mil habitantes desta faixa etária. Em todo o país, foram 62.766
internações.
Os dados foram compilados pela ONG Criança Segura, que defende a adoção de
medidas preventivas e modificações nos ambientes em que as crianças circulam
para evitar os acidentes.
Eles acontecem em casa, parquinhos, na escola. Os responsáveis precisam
tomar certas medidas de segurança — afirma a coordenadora de Mobilização da ONG,
Lia Gonsales.
Para o pediatra Danilo Blank, integrante do Departamento Científico de
Segurança da Sociedade Brasileira de Pediatria, um dos elementos que mais
favorecem as quedas é o uso de andadores.
Além de atrasar o desenvolvimento, o andador pode causar mortes. Há
crianças que rolam de escadas ou batem contra móveis, pois imprimem uma
velocidade que não conseguem controlar — explica Blank.
Para evitar que a criança caia, os pais devem ficar atentos a seus movimentos
e observar as medidas de segurança em determinados ambientes. Nas pracinhas, o
ideal é levar as crianças aos locais em que o chão tenha absorção de impacto,
com pneus picados ou ferragem. Os balanços devem ser feitos de tecidos moles,
como lonas de couro ou equipamentos de borracha.
É válido ressaltar que as quedas podem causar sérias lesões em crianças, como
traumatismos cranianos, e, no caso de janelas e lajes, até resultar em morte. Se
a queda for inevitável, e a criança bater a cabeça, é preciso levá-la ao
hospital para receber socorro imediato.
O crânio pode não ter fratura aparente do osso, mas o cérebro pode
apresentar uma lesão mais grave. Mesmo que ela esteja consciente e acordada, tem
de ser levada para avaliação — diz Blank.
Como prevenir
Bebês
- Manter uma mão no bebê durante a troca de fraldas e não deixá-lo sozinho
- Não utilizar andadores, que podem causar quedas graves e levar as crianças de encontro a móveis e eletrodomésticos com mais velocidade
Crianças maiores
- Não permitir brincadeiras em lajes abertas e colocar proteções em escadas e ao redor delas
- Evitar uso do beliche para crianças com menos de seis anos e proteger as laterais com grades
- Usar redes e grades nas janelas e sacadas e evitar móveis embaixo das janelas
- Usar portões de segurança nas extremidades de escadas, impedindo o acesso da criança
- Usar tapetes antiderrapantes ou tirar os tapetes
- Certificar-se de que os móveis estão estáveis e fixos, principalmente com aparelhos de TV e outros objetos pesados
- No parquinho, permitir o uso de brinquedos de no máximo 1,5 metro de altura, em bom estado, de acordo com a faixa etária da criança e com pisos macios para absorção da queda
Fonte: Criança Segura
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