Médicos, enfermeiros fisioterapeutas e técnicos de enfermagem serão preparados e capacitados. São profissionais que atuam na Rede de Atenção às Urgências e Emergências do SUS
Parceria com OPAS e SBC prevê projeto que vai fomentar a educação permanente dos profissionais de saúde que atuam na Rede de Atenção às Urgências e Emergências de todo o País
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lançou, nesta sexta-feira (30), no Rio de Janeiro, o Projeto de Educação Permanente em Saúde para a Rede de Atenção às Urgências e Emergências. Uma das ações terá início em 2013 e será realizada em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). A meta é capacitar 2,5 mil profissionais de saúde das cinco regiões do País, com ênfase na área cardiovascular, até 2014. O anúncio do projeto será feito durante o III Congresso Brasil Prevent e I Latin América Prevent.
Médicos, enfermeiros fisioterapeutas e técnicos de enfermagem serão preparados e capacitados. São profissionais que atuam na Rede de Atenção às Urgências e Emergências, nas portas hospitalares prioritárias, do Sistema Único de Saúde (SUS) e em Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h).
Nesta primeira fase do projeto, o foco do treinamento será na área de Cardiologia, com ênfase nas emergências cardiovasculares. Nas outras etapas do projeto, o Ministério da Saúde estenderá a capacitação às demais áreas prioritárias da Rede de Urgência, que são Neurologia e Paciente Crítico ou Grave (medicina intensiva).
Para o ministro da Saúde, espera-se como resultado do projeto padronizar o atendimento de emergência no Brasil. “Queremos melhorar o atendimento e consequentemente reduzir as taxas de morbidade e mortalidade de pacientes atendidos pelos profissionais que atuam nas portas de entrada hospitalares prioritárias e UPAs do país”, ressalta Alexandre Padilha.
Inicialmente, as turmas acontecerão nas capitais Salvador (BA), São Paulo e Rio de Janeiro. Serão aplicados os Treinamentos de Emergências Cardiovasculares nas modalidades Avançado (TECA), para médicos e enfermeiros, e Básico (TECA B), para fisioterapeutas e técnicos em enfermagem. O curso, que foi desenvolvido por especialistas da SBC, será presencial e utilizará metodologia ativa de aprendizado por meio de simulação baseada em casos da realidade local dos alunos.
O TECA A terá 12 horas de duração e irá capacitar 1.742 profissionais entre médicos e enfermeiros de 274 portas hospitalares e UPAs, das cinco regiões do país. Serão 62 turmas. O TECA B irá contemplar 758 fisioterapeutas e técnicos de enfermagem de 274 urgências e emergências e UPAs. Este grupo será dividido em 27 turmas. Todos os profissionais passarão por uma avaliação pré-curso online, uma avaliação pós-curso presencial, e serão certificados pela SBC.
Cenário
O Ministério da Saúde prevê investir R$ 234,4 milhões até 2014 em ações de prevenção e cuidado com a doença. Entre as ações está a incorporação de quatro novos medicamentos para diagnóstico, cuidado e prevenção de infarto. O Tecneplase e o Alteplase são usados para dissolução do coágulo que surge na artéria e provoca o infarto. Eles podem ser usados pelas equipes médicas do SAMU, nas UPAs 24h e nos hospitais do SUS. Tem ainda o Clopidrogel, que previne a formação de coágulos e diminui o risco de novos infartos, e o Troponina, teste para diagnóstico rápido do infarto.
Em 2010 foram registrados 79.668 infartos, sendo os homens as principais vítimas (47.017). No mesmo ano ocorreram 246.038 internações por doenças cardiovasculares no SUS. Em 2011 esse número chegou a 259.888. Dentre as doenças cardiovasculares, as isquemias cardíacas são as principais causas que levam a óbito, e, entre as isquemias, o infarto do miocárdio causa o maior número de óbitos.
Fonte SaudeWeb
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