Alexander F. Yuan/AP
Segundo ONU, contaminações e mortes por
aids caíram nos últimos anos
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Tratar pessoas soropositivas cujos parceiros não foram infectados pelo vírus
HIV reduz significantemente os riscos de transmissão da aids, aponta um estudo
conduzidos por pesquisadores chineses. Testes clínicos já haviam mostrado os
benefícios do tratamento, mas a pesquisa, publicada no jornal especializado
Lancet, é a primeira "aplicação real" de um programa desse tipo.
Os pesquisadores monitoraram casais por até 9 anos. Em 24 mil pares, o
indivíduo soropositivo recebeu tratamento desde o início do período estudado
para testar os benefícios do processo, enquanto 14,8 mil não receberam por não
preencher os requisitos solicitados pelo governo para serem incluídos no
programa de tratamento.
No grupo tratado, houve 1,3 casos de transmissão por 100 pessoas a cada ano,
enquanto no outro grupo, a taxa de transmissão foi de 2,6. Segundo os autores do
estudo, isso equivale a uma redução de 26% no risco de transmissão, um índice
bastante reduzido se comparado aos 89% obtidos nos testes clínicos. Eles ainda
dizem que os efeitos protetores da terapia antirretrovírus pareceram durar
somente um ano, com as taxas de transmissão se igualando entre os dois grupos
nos últimos do estudo.
Keith Alcorn, especialista em HIV do grupo NAM Aidsmap, considerou o estudo
interessante. "Mostra o impacto do tratamento antirretrovírus . Os resultados
não mostram uma grande redução na transmissão como nos testes clínicos, mas
ainda assim, há um efeito", disse.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou recentemente seu relatório
anual sobre a aids, que mostrou redução tantos nas novas contaminações quanto
nas mortes causadas pela doença. Em 2011, houve 2,5 milhões de novos casos - 700
mil menos que em 2001 - e 1,7 milhões de mortes - 600 mil menos que em 2005.
Melhorar o acesso ao tratamento antirretrovírus é a chave para fazer com que
esses índices caiam ainda mais, de acordo com a OMS. O remédio contra a aids
reduz a presença do HIV no sangue e reduz as chances de contaminação.
Fonte Estadão
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