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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Saúde de Putin deixa de ser um segredo de Estado

A saúde do presidente russo, Vladimir Putin, deixou de ser um segredo de Estado por mais que o Kremlin tente encobrir as dores de costas de seu chefe, que se empenha em cultivar uma imagem de atleta com seus recém cumpridos 60 anos. "(Putin) gosta de lutar.
 
Levantou um menino e, ao atirá-lo no chão, dobrou a coluna vertebral. Ocorreu no tatame durante uma luta de judô. Por isso nossa reunião foi adiada", afirmou nesta semana Aleksandr Lukashenko, o presidente bielorrusso.
 
Lukashenko, mundialmente conhecido por sua língua solta, abriu a caixa de Pandora e, a partir daí, ninguém pôde frear a corrente de rumores e desmentidos sobre o estado de saúde do chefe do Kremlin. "Efetivamente, ele praticava judô, mas não se pode falar de uma lesão na coluna. Isto não tem nada a ver com a realidade.
 
A saúde do presidente é normal. Nesse terreno não ocorre nada", explicou Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, à emissora de rádio "Kommersant FM". No entanto, Peskov reconheceu que Putin arrasta velhas lesões, que o fazem mancar, o que já chamou a atenção da imprensa internacional durante a Cúpula da Apec realizada em setembro em Vladivostok.
 
Ainda jogou mais fogo à polêmica o primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, que disse ter adiado sua primeira visita à Rússia devido aos problemas de saúde de Putin.
 
Essas afirmações não agradaram em nada o Kremlin, onde vincularam essa reação com os rumores que despertou o incomum fato de Putin não ter viajado ao exterior durante os últimos dois meses. "O mais provável é que aos ouvidos dos líderes de outros países cheguem as discussões que acontecem na imprensa em forma de rumores", comentou Peskov.
 
Em declarações ao jornal "Komsomolskaya Pravda", o porta-voz presidencial qualificou de "muito exageradas" as informações sobre "as costas de Putin" e garantiu que o presidente "trabalhou e segue trabalhando no ritmo de sempre". "Além disso, não tem intenção de deixar de praticar esportes e, portanto, como qualquer atleta, pode sofrer alguma dor, seja nas costas, braços ou pernas, algo que nunca afetou sua capacidade de trabalho", acrescentou.
 
Peskov também diminuiu a importância dos comentários sobre o fato de Putin ter realizado todas suas últimas reuniões públicas sentado e de, em nenhum momento, ter se levantado da poltrona. "Você pode imaginar Putin levantando-se de repente no meio de uma reunião com (a chanceler alemã, Angela) Merkel? Isto pertence ao gênero das tentativas de buscar um gato preto em um quarto escuro. Trata-se de invenções", ponderou.
 
Além disso, recomendou a todo o mundo que ignore os rumores e se atenha apenas às informações oficiais provenientes do Kremlin.
 
Por outro lado, o influente jornal econômico "Védomosti" informou que a cúpula dos membros da pós-soviética Comunidade dos Estados Independentes prevista para o dia 5 de dezembro foi adiada pela "impossibilidade de coordenar a agenda presidencial".
 
E o mesmo ocorreu, segundo o jornal, com outros eventos que deveriam contar com a participação de Putin desde outubro, inclusive suas viagens à Turquia, Paquistão, Índia e Bulgária, que foram adiadas por diferentes pretextos.
 
Finalmente, o Kremlin anunciou que Putin viajará nesta segunda-feira a Istambul para se reunir com o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, e aproximar posturas sobre a solução do conflito na Síria.
 
A esse respeito, Peskov desmentiu que a aperta agenda que espera Putin em dezembro, que inclui um deslocamento ao Turcomenistão, um discurso perante o Senado russo e a grande entrevista coletiva anual, tenha como fim dissipar os rumores sobre seu estado de saúde.
 
O chefe da administração presidencial, Sergei Ivanov, também aproveitou uma viagem a Viena para aplacar nesta sexta-feira as especulações sobre a saúde de seu superior. "Sofreu uma lesão esportiva. Ninguém está a salvo de lesões esportivas.
 
Peço que não se ponham nervosos nem se preocupem.
 
A agenda do presidente em dezembro demonstra com clareza que não tem problemas de saúde", assinalou. Enquanto isso, 46% dos russos, acostumados a ver o super-homem Putin na televisão como caçador, piloto, bombeiro ou esquiador, acreditam que devem receber informação objetiva sobre a saúde do presidente, frente aos 38% que o consideram um assunto privado, segundo uma enquete do Centro Levada.
 
As supostas lágrimas de Putin após ganhar as eleições presidenciais de março também foram desmentidas repetidamente pelo Kremlin, empenhado em manter intacta a imagem de homem duro e inatingível de seu líder.
 
Fonte R7

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