Preservativo comum; proposta de instituição de fundador da Microsoft é financiar projetos para camisinhas inovadoras que mantenham ou aumentem o prazer, como forma de incentivar o uso |
A fundação mantida pelo proprietário da Microsoft, Bill Gates, abriu inscrições para um concurso que busca novas ideias para a criação de "camisinhas do futuro", segundo o site da instituição. As inscrições foram anunciadas neste mês e ficam abertas até o dia 7 de maio. Um orçamento de US$ 100 mil vai ser disponibilizado para propostas de universidades, empresas e cientistas que forem escolhidas para serem desenvolvidas.
Chamado de "Next Generation of Condoms" ("Próxima Geração de Camisinhas", na tradução do inglês), o concurso faz parte de uma nova rodada de um projeto maior, o "Grand Challenges Explorations", mantido pela Bill and Melinda Gates Foundation desde 2008. A ideia é incentivar projetos inovadores que contribuam para resolver problemas de saúde, educação, habitação, saneamento, entre outras áreas, que atinjam habitantes de países em desenvolvimento.
'Negociar' uso da camisinha
No caso do concurso aberto, a fundação pondera que o uso universal do preservativo não é atingido de forma plena por alguns fatores - um deles é que muitos homens alegam que usar camisinha diminui o prazer. "Mulheres, especialmente aquelas em grupos de risco, como as prostitutas, têm dificuldade em 'negociar' o uso da camisinha", afirma Stephen Ward, chefe de programa da Bill and Melinda Gates Foundation, no blog da instituição.
No caso do concurso aberto, a fundação pondera que o uso universal do preservativo não é atingido de forma plena por alguns fatores - um deles é que muitos homens alegam que usar camisinha diminui o prazer. "Mulheres, especialmente aquelas em grupos de risco, como as prostitutas, têm dificuldade em 'negociar' o uso da camisinha", afirma Stephen Ward, chefe de programa da Bill and Melinda Gates Foundation, no blog da instituição.
"A inegável verdade é que a maioria dos homens prefere sexo sem camisinha, enquanto as preocupações ligadas à infecção por HIV e complicações por gravidez não planejada recaem mais sobre suas parceiras", pondera Ward.
Por isso, os organizadores do concurso dizem estar em busca de novos modelos de camisinha que preservem e até elevem o prazer na hora do ato sexual, como meio de aumentar o uso regular do preservativo pelas pessoas.
Características que facilitem o uso tanto do preservativo masculino quanto do feminino, como design diferente, novos materiais e embalagens mais fáceis de serem abertas também são ideias que a fundação levará em conta na hora de avaliar um projeto. A ideia é ter uma nova camisinha que mantenha as funções atuais de proteção a doenças, como a Aids, mas que possa ser mais "atraente" e aceita de forma ampla pela população.
Subutilizado
"Nós temos um produto que é seguro e efetivo, mas subutilizado. E se nós pudéssemos desenvolver uma camisinha que ofereça todos os benefícios das versões atuais, sem os mesmos problemas? Ainda melhor, e se pudéssemos desenvolver uma que as pessoas preferissem usar, ao invés de descartar o uso do preservativo?", afirmou Papa Salif Sow, oficial sênior do programa para prevenção e tratamento de HIV da fundação, ao blog da instituição.
"Nós temos um produto que é seguro e efetivo, mas subutilizado. E se nós pudéssemos desenvolver uma camisinha que ofereça todos os benefícios das versões atuais, sem os mesmos problemas? Ainda melhor, e se pudéssemos desenvolver uma que as pessoas preferissem usar, ao invés de descartar o uso do preservativo?", afirmou Papa Salif Sow, oficial sênior do programa para prevenção e tratamento de HIV da fundação, ao blog da instituição.
As propostas devem ser passíveis de serem testadas, além de incluírem um plano de como a ideia pode ser aplicada, segundo a fundação. É desejável, também, o envolvimento de áreas de conhecimento diversas (como a biologia vascular) em estratégias que incentivem o uso do preservativo pelas pessoas, segundo a nota da fundação.
Segundo os dados mais recentes da ONU, o número de pessoas infectadas com HIV em todo o mundo subiu de 33,5 milhões em 2010 para 34 milhões em 2011. A grande maioria dos infectados – 23,5 milhões de pessoas – vive na África Subsaariana, e outros 4,2 milhões no Sul e Sudeste da Ásia.
Fonte G1
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